Por falta de vento, as disputas de vela na Baía de Enoshima foram canceladas e ficaram para o dia seguinte. As disputas seriam nas classes 49er e 49er FX, que fariam suas medal races, e outras quatro regatas da classe 470, no masculino e no feminino.
O Brasil iria para a disputa da medal race da classe 49er FX com a dupla Martine Grael e Kahena Kunze com boas chances de pódio, inclusive para repetir o feito de cinco anos atrás, nos Jogos do Rio, e confirmar o bicampeonato olímpico.
Com o adiamento das regatas, nesta terça-feira (03) serão disputadas quatro competições de medal race, que definem os pódios nas classes 49er, 49er FX, Finn e Nacra 17, com Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino. Entre os brasileiros, só Martine e Kahena competem com chances de medalha.
Elas chegam empatadas na liderança da classe 49er FX no último dia, e com diferença apertada para suas principais adversárias que também lutam por um lugar no pódio nos Jogos de Tóquio. As brasileiras têm 70 pontos perdidos após 12 regatas disputadas.
Modelo de disputa
São dez duplas e quem terminar a disputa em primeiro perde dois pontos, quem ficar em segundo perde quatro, e assim por diante. Pela diferença de pontos ser bem apertada, as brasileiras podem inclusive ficar fora do pódio caso façam uma regata ruim no último dia.
Isso porque o barco espanhol formado por Tamara Echegoyen Dominguez e Paula Barcelo Martin tem 77 pontos perdidos, um pouco à frente de Charlotte Dobson e Saskia Tidey, da Grã-Bretanha, com 81 pontos perdidos. Todas as cinco mais bem colocadas têm chance de conquistar a medalha de ouro. Se Martine e Kahena ficarem na quarta posição já garantem um lugar no pódio
Até por isso, a disputa na raia de Enoshima promete ser acirrada em busca do ouro e também por um lugar no pódio. A experiência de Martine e Kahena de cinco anos atrás, quando conquistaram o título olímpico na medal race, pode pesar a favor das brasileiras na regata decisiva.