Conmebol implementa novo sistema de combate ao racismo durante competições internacionais

A nova recomendação segue os pedidos da Federação Internacional de Futebol (FIFA)

Fortaleza e Corinthians, pela Sul-Americana, e Colo-Colo e River Plate, pela Libertadores, marcam, nesta terça-feira (17), o início das quartas de final das competições continentais sul-americanas. Com a chegada das fases finais de ambas as competições, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), decidiu, a partir desta nova fase, implementar um sistema mais rigoroso de combate ao racismo durante os jogos da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana.

Seguindo a recomendação da Federação Internacional de Futebol (FIFA), quando um caso de racismo for detectado, é pedido para que a pessoa que constatou a discriminação (atletas, árbitros ou comissões técnicas) cruze os braços para denunciar comportamentos racistas. A mudança foi aprovada pelos 10 países afiliados a Conmebol.

Segundo a entidade, o gesto de cruzar os braços faz parte do mecanismo que prevê ainda o procedimento em chamados três níveis, a depender da decisão do árbitro principal da partida:

  • o 1º nível é a interrupção do jogo;
  • o 2º, se continuarem os atos ou gestos, o jogo deve ser temporariamente suspenso e os jogadores e árbitros abandonam o campo de jogo;
  • o 3º, se não acabarem os atos durante a suspensão temporária, o jogo será suspenso.

CASOS RECENTES

Com os diversos casos dos últimos anos, a Conmebol, no início do último ano, decidiu aumentar a multa para US$ 100 mil dólares para casos do tipo. Contudo, somente na última fase das competições organizadas pela Conmebol — Libertadores e da Sul-Americana — sete incidentes foram relatados.

Dentre estes incidentes, está o caso do torcedor do San Lorenzo que realizou gestos racistas nas arquibancadas do Nuevo Gasómetro, em duelo contra o Atlético-MG, pelas oitavas de final da Libertadores. Devido este gesto, nesta segunda-feira (16), a Conmebol multou o clube argentino em US$ 420 mil (cerca de R$ 2,5 milhões). O valor elevado aconteceu, pois este foi o segundo caso (de racismo) dos torcedores do San Lorenzo apenas neste ano.