As arquibancadas da Arena Castelão estavam vazias mais uma vez neste domingo (1º), mas as torcidas organizadas de Ceará e Fortaleza se fizeram presentes de outros modos no Clássico-Rei. As simbologias da Cearamor e da TUF ecoaram no estádio. E o clima foi quente na Série A do Brasileiro.
Com o mando de campo, os alvinegros preencheram o palco do jogo com faixas, bandeiras e mosaicos. O ambiente era de um som, a trilha sonora também. Então o Fortaleza foi para o jogo com um novo uniforme na temporada: uma blusa em alusão aos 30 anos de fundação da TUF.
Das provocações com o avançar do jogo, principalmente após a virada do Ceará no 2º tempo, o ápice ocorreu no apito final. A vitória foi comemorada ao som de “matador de Leão” e ofensas à torcida rival. Um momento curto, mas que contou com a participação dos presentes.
Depois a imagem foi de seguranças correndo para dentro dos vestiários do estádio. O resto fica no imaginário. A única certeza é de que a atmosfera de rivalidade sempre irá existir.
Jogo falado
No Clássico-Rei, outro aspecto destacado foi a comunicação dentro de campo. Os defensores do Fortaleza, principalmente o zagueiro Titi, pediam muita atenção aos companheiros e conversava sempre com o volante Éderson para ajustar o meio-campo ao lado de Jussa.
No Ceará, com uma formação diferente no 1º tempo, os jogadores tiveram muita dificuldade para acertar o posicionamento. Mendoza e Kelvyn discutiam muito, Vina cobrava o sistema ofensivo, enquanto o zagueiro Messias pedia para o adiantar das linhas de marcação.
Das estratégias, o técnico Guto Ferreira queria uma equipe ofensiva: ao menos era o discurso. Por diversas vezes mostrou irritação com passes recuados, além de pedir insistentemente mais profundidade e movimentação do sistema ofensivo.
Festa alvinegra
A diretoria do Fortaleza comemorou primeiro, em gol de Tinga aos 10 do 1º tempo. Dos presentes, o presidente Marcelo Paz vibrou muito com o resultado parcial na Arena Castelão. A festa, no entanto, foi do Ceará após os 90 minutos.
A cada gol, êxtase. “Bora, Vozão” era o grito mais comum. A vibração externou a nítida necessidade do resultado para a gestão alvinegra na 1ª vitória contra o arquirrival em 2021. E a emoção também contagiou o banco de reservas.