Ceará tenta superar baixas defensivas e tomar menos gols na Série A

Com três zagueiros inaptos a jogar por conta de lesões, Ceará precisou repetir dupla de zaga, ficou sem opções no banco para o setor e viu sua média de gols aumentar para dois por partida neste início de Brasileirão

Em três rodadas da Série A, o Ceará ainda não venceu, perdendo dois jogos e empatando um. A campanha, apesar de ser inicial, já preocupa, com um setor em especial precisando de mais atenção: a zaga. Em três rodadas, a defesa do Ceará sofreu seis gols, média de dois por partida, sendo a pior da Série A no momento. A defesa alvinegra foi vazada três vezes contra o Sport (2x3, na Ilha do Retiro), uma vez contra o Grêmio (1x1, na Arena Castelão) e duas vezes contra o Galo (0x2, no Mineirão).

Para efeito de comparação, antes da Série A, sob o comando de Guto Ferreira, o Ceará sofreu apenas quatro gols em oito jogos, média de 0,5 por partida. Ou seja, na Série A do Brasileiro, a média de gols sofridos quadruplicou.

Mais do que os números, os problemas de escalação e opções escassas nos três jogos iniciais preocupam.

O Ceará conta com cinco zagueiros no elenco, um número padrão para disputar tantas competições paralelas. São eles: Luiz Otávio, Klaus, Tiago Pagnussat, Eduardo Brock e Gabriel Lacerda.

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Mas, nos últimos dois jogos, o Vovô não tem conseguido sequer deixar um zagueiro no banco de reservas. Isso porque o clube só teve à disposição Luiz Otávio e Gabriel Lacerda, este último da base e que estreou contra o Grêmio. Jogou também no domingo, contra o Galo. Klaus, Tiago Pagnussat e Eduardo Brock estão lesionados e são desfalques no elenco.

Brock está se recuperando de lesão no adutor direito e ainda está na fase de transição do departamento médico para o físico. Tiago Pagnussat está com estiramento na panturrilha direita e segue em tratamento fisioterápico.

Já Klaus, foi vetado momentos antes dos jogos contra Grêmio e Atlético/MG por desconforto na região posterior esquerda da coxa. Assim, nos dois jogos citados, o Vovô atuou sem zagueiro de ofício no banco de reservas.

O clube correu riscos de precisar improvisar um jogador de outra posição na zaga em caso de eventualidade. Hoje, os mais cotados para uma improvisação seriam os volantes Fabinho e William Oliveira.

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Solidez

Paradoxalmente, a defesa do Ceará sofreu seis gols na Série A, mas o sistema defensivo contra o Galo agradou, com uma postura segura taticamente. O técnico Guto Ferreira lembrou que, na zaga, Gabriel Lacerda foi titular nos últimos dois jogos, substituindo Klaus, e foi bem, apesar do pênalti cometido.

"Gostei do sistema defensivo. Você vê que estamos trabalhando com a quinta opção, um menino recém-promovido das divisões de base e com personalidade. Entrou bem no jogo contra o Grêmio e vinha bem contra o Atlético. São detalhes de velocidade do lance que acabam acontecendo. Acho que a nossa defesa vem se entregando muito, conseguindo ter solidez", ponderou Guto.

Realmente, Gabriel Lacerda vem se destacando. Em dados do SofaScore, ele é o 5º zagueiro da Série A mais eficaz nas bolas longas: sete por jogo.

Na próxima quinta-feira (20), contra o Vasco, às 20 horas, na Arena Castelão, pela 4ª rodada do Brasileiro, Gabriel Lacerda deve ser titular mais uma vez, caso Klaus não se recupere.

Confira o CearáCast com Antero Neto e Daniel Rocha: