Os depoimentos do “Caso Lucero”, na Corte Arbitral do Esporte (CAS), serão realizadas nesta quinta (14) e sexta-feira (15), em Lima, no Peru. As audições serão mistas, com depoentes presentes e outros por videoconferência. O centroavante do Leão não vai viajar, concedendo depoimento online, portanto estará normalmente à disposição para o duelo contra o Retrô-PE, nesta quinta-feira (14), pela Copa do Brasil. O presidente do Fortaleza, Alex Santiago, no entanto, seguiu para a capital peruana.
Santiago vai acompanhar todo o desenrolar das audições de perto. O Tricolor conta com uma assessoria jurídica especializada para o caso e deve, na estratégia de defesa, explorar uma contradição na decisão da Fifa, como explicou o presidente do Leão à Verdinha. “O primeiro (julgamento), no Tribunal de Demandas da FIFA, ao meu ver foi contraditório, e isso daí pode ser utilizado neste segundo momento, porque ao mesmo tempo que impuseram sanções desportivas, disseram que o Fortaleza não tem nenhuma dívida com o Colo-Colo, ou seja, há uma contradição nos termos, até porque se houvesse algo efetivamente praticado de forma equivocada de uma parte contra a outra, haveria certamente uma imposição de sanção financeira. São coisas que vamos discutir dentro do âmbito do processo e de uma estratégia que tem sido pensada", disse Alex, em entrevista ao Jogada 1º Tempo, dia 1º de março.
Haverá divisão das oitivas em três momentos: Lucero, Colo-Colo e Fifa; Fortaleza, Colo-Colo e Fifa; e Colo-Colo, Lucero e Fortaleza. Além do atacante tricolor, Fortaleza, Colo-Colo e Fifa serão ouvidos sobre a transferência do atleta argentino para o Leão, que gerou protestos da equipe chilena e acarretou em uma punição em primeira instância imposta pela entidade máxima do futebol.
Não haverá julgamento e consequentemente resultados neste primeiro momento. Todos serão ouvidos e os auditores do CAS vão tomar decisão posteriormente. Não há previsão para a definição de uma sentença. De maneira oficial, o Fortaleza afirma que “os atos do processo são sigilosos e o clube não se reportará sobre o assunto”.
Entenda o Caso
Em abril de 2023, o Colo-Colo acionou a Fifa contra o Fortaleza e contra Lucero. Segundo os chilenos, o Tricolor teria induzido o atacante a rescindir o contrato que tinha com eles para assinar com o Leão, mesmo que no documento não houvesse cláusula para saída.
O Colo-Colo chegou a pedir à Fifa que o jogador fosse impedido de trocar de clube durante três meses e pediu um valor de, aproximadamente, R$ 10 milhões. Além disso, o clube do Chile solicitou que o jogador ficasse afastado dos gramados por, pelo menos, quatro meses.