A notícia da morte de Maradona é como se a realidade nos chamasse. Eu personifico a realidade como uma senhora de cabelos longos e brancos, de olhar profundo que transborda sinceridade, com o rosto marcado pela verdade absoluta (embora, às vezes, cruel), sentada em sua cadeira de balanço, e estalando os dedos para nos lembrar dela mesma.
Porque quando falamos dos gênios, como Maradona, é como se estivéssemos tratando de algo que transcende a normalidade do dia a dia. Não que a partir de agora vamos falar do Maradona no passado. Ele, como todos os gênios em sua arte, não morrerá.
Os acontecimentos negativos não cansam de maltratar 2020 e mandam mais uma! Maradona é números, personalidade, gênio, marca, conquista, polêmica, ousadia e, até, para muitos, Deus. Se Messi é um extraterrestre, Maradona é divino.
A realidade (olha ela aí outra vez) estalou os dedos e mandou um recado aos meros mortais: Maradona estará entre vocês. Vocês é que não estarão mais entre ele. Aceitem a realidade.