Uma vitória com segurança que garante maior tranquilidade e, acima de tudo, confiança para o restante da Série A ao Ceará. O 2 a 0 contra o Bahia, na Arena Fonte Nova, ontem, pela 24ª rodada do Brasileirão, mostrou um Vovô semelhante àquele da Copa do Nordeste, demonstrando organização em todos os setores em campo.
Tão importante quanto os três pontos conquistados foi a forma do time em campo. Consciência tática com e sem a posse de bola, defesa segura com o retorno de Tiago Pagnussat e um setor de meio-campo intenso.
Fernando Sobral, como volante novamente, fez ótima partida, sendo o principal articulador da equipe com 49 passes certos, segundo a plataforma SofaScore.
A 9ª posição reflete a boa fase da equipe de Guto Ferreira, que soma 32 pontos e abre oito de distância para a zona de rebaixamento. São três partidas de invencibilidade e de bons desempenhos, diante de Atlético/MG (2 a 2), de Vasco (4 a 1) e agora, do Bahia (0 a 2).
Segurança em campo
Desde o minuto inicial, o Ceará controlou o ritmo do confronto. Aguardou os contragolpes enquanto segurava a pressão de um Bahia muito desfalcado e ineficiente no ataque e soube rodar a bola no terço final, porém, sem boa mira.
O ímpeto ofensivo necessário para incomodar a meta tricolor aumentou depois da entrada de Saulo Mineiro.
O atacante demonstrou que pode ser a opção que o time precisa na ausência de Felipe Vizeu. Vontade não faltou ao Camisa 73 pelo lado direito e como referência à frente com a saída de Cléber.
Pedro Naressi foi outro que entrou bem e contribuiu com o passe para o gol de Vina aos 36. O artilheiro alvinegro chegou ao 18º gol e reiterou sua importância na fase ofensiva do grupo.
Com o Bahia de Mano Menezes ainda irregular, os contragolpes foram ainda mais explorados com Leandro Carvalho e Saulo Mineiro.
Nos acréscimos, Wescley achou o “Coração Valente” na área e, contra a marcação, achou espaço para balançar as redes de Anderson.
A estratégia de Guto foi semelhante àquela da decisão regional: esperar o contra-ataque e rondar a área oponente em busca de triangulação rápida.
Com Lima e Vina caindo pelo mesmo setor central, faltava aproveitar os extremos com Samuel e Bruno Pacheco, até então pouco acionados.
A fragilidade na marcação tricolor permitiu ao técnico alvinegro lançar a velocidade necessária com Saulo, Leandro e Wescley, entradas recorrentes e que vêm surtindo efeito nos últimos jogos.
O Ceará venceu sete de oito jogos contra times baianos em 2020, mantendo o retrospecto positivo principalmente diante do Bahia: o Tricolor não vence o Vovô desde novembro de 2018. Desde então, foram cinco vitórias e dois empates para o Alvinegro de Porangabuçu.
Semana cheia
Esta será somente a 2ª semana de folga cheia do Alvinegro após o retorno do futebol. A única havia sido entre 12 e 16 de outubro. Uma pausa para acertar os erros, como o treinador já destacou em outra coletiva, e dar o merecido descanso físico e mental aos atletas e à comissão técnica.
O duelo contra o Atlético/GO, outro adversário direto na briga pelo meio da tabela do Campeonato, ocorre no próximo sábado (12), às 21h, na Arena Castelão. Oportunidade perfeita para cravar o espaço cearense na zona da Copa Sul-Americana.