Sasha Meneghel teria perdido cerca de R$ 1,2 milhão em um esquema de fraudes com criptomoedas, segundo investigação da Polícia Federal (PF). Tudo teria sido comandado pelo empresário Francisley Valdevino da Silva, conhecido como "Sheik dos Bitcoins". As informações são do portal G1.
Na manhã desta quinta-feira (6), a Polícia Federal confirmou a informação, também revelando que a filha da apresentadora Xuxa foi uma das que investiram na empresa.
Em nota, a defesa de Sasha e do marido, João Figueiredo, apontou que eles não receberam nenhum valor relacionado aos investimentos e "foram vítimas de um caso de má-fé".
"É preciso diferenciar o que é cripto e o que é pirâmide, golpe. Investimento em criptomoedas é uma tendência mundial e o Brasil tem sido destaque, isso é inegável", complementa a nota assinada por Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, advogados do casal.
Jogadores de futebol, que não tiveram os nomes informados, também teriam sido vítimas dos golpes, segundo apurou a polícia. Segundo a defesa de Sasha, a repercussão do processo pode ajudar a prevenir nossos casos do golpe.
Investigação do 'Sheik dos Bitcoins'
Em operação deflagrada na última quinta, policiais apreenderam barras de ouro, dinheiro em espécie, joias, carros e outros bens, em endereços ligados a Francisley Silva e a outros investigados no processo.
O grupo, aponta a investigação, é suspeito de fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas, com vítimas no Brasil e no exterior. Em solo brasileiro, por exemplo, teriam movimentado até R$ 4 bilhões com as fraudes.
As quantias seriam utilizadas para a compra de imóveis caros, embarcações, reformas, roupas de grife, joias, viagens e outros gastos de alto custo.
Ao todo, 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Curitiba e São José dos Pinhais, no Paraná; além de Governador Celso Ramos, em Santa Catarina; Barueri e São José do Rio Preto, em São Paulo; e em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
Segundo apuração extensa da Polícia Federal, a organização criminosa ainda atuava nos Estados Unidos e em outros 10 países. No esquema, chegavam a criar e comercializar criptomoedas próprias, sempre com promessas de pagamento e retornos mensais exorbitantes.
Em nota ao portal G1, Francisley Valdevino da Silva disse que está disponível para prestar esclarecimentos na esfera judicial e extrajudicial "com escopo de comprovar a efetiva regularidade e licitude das operações empresariais".