O apresentador Rodrigo Faro move um processo contra a Globo para que a emissora retire do ar matérias que façam referência ao episódio vazado de seu programa quando ele questionou o pico de audiência em meio a uma homenagem pós-morte de Gugu Liberato. Segundo a defesa, eles foram "obrigados" a processar, por conta de uma decisão judicial.
Isso ocorre pois Faro processou o Google em 2021, fazendo o mesmo pedido, e ganhou em todas as instâncias. No entanto, os magistrados que cuidaram do caso afirmaram que o buscador não era capaz de retirar todos os links sobre o caso, pois muitos eram de plataformas com donos próprios — o caso da Globo —. As informações são da Folha de S. Paulo.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que Faro entrasse com ações diretas contra os veículos de comunicação onde ainda restavam matérias.
"Rodrigo Faro tem uma relação boa com a Globo, é grato pelo período em que trabalhou lá, mas não teve outra alternativa por causa dessa decisão judicial sobre o Google. Tentamos resolver administrativamente, mas ficamos sem resposta. É muito difícil, é uma empresa muito grande", comentou a advogada Jéssica de Santana Santos.
'Direito ao esquecimento'
A ação judicial de Faro é baseada no "direito do esquecimento" de uma pessoa pública que não quer mais ser lembrada de um erro cometido em sua vida. O caso repecurtiu nas redes sociais e em outras emissoras à época, e Rodrigo foi detonado após perguntar "como estava a audiência" do programa sobre Gugu, que foi seu colega na Record.
"Estamos diante de um novo cenário em que cabe ao magistrado perceber a diferença crucial entre o significado de interesse público, que é muito diferente de interesse do público. Sobre a argumentação deste último, a imprensa vai propagando notícias inverídicas e midiáticas, sem o real valor que deve nortear a informação", diz um trecho da petição inicial.