A imprensa britânica e meios de comunicação americanos publicaram relatos conflitantes nesta quinta-feira (18) sobre a perseguição de carro do príncipe Harry, filho mais novo de Charles III, e sua esposa Meghan Markle por paparazzi em Nova York, que o casal descreveu como "quase catastrófica".
Um porta-voz do duque e da duquesa de Sussex anunciou na quarta-feira que eles foram vítimas de uma perseguição "implacável" de duas horas que quase levou a várias colisões.
O relato do incidente, ocorrido em Nova York na terça-feira (16), gerou comparações com as circunstâncias do acidente em Paris em que a princesa Diana, mãe de Harry, morreu em 1997 enquanto era perseguida por fotógrafos.
Mas a polícia de Nova York, o prefeito da cidade e um motorista que levou brevemente o casal em seu táxi na quarta-feira minimizaram o perigo e a duração da suposta perseguição.
Nesta quinta-feira, em entrevista exibida pelo canal britânico ITV, um dos fotógrafos envolvidos acusou a comitiva dos duques de Sussex de causar o perigo.
"Foi muito tenso tentar acompanhar os veículos", disse o fotógrafo, que pediu anonimato. "Eles fizeram muitos bloqueios e aconteceram muitos tipos de manobras diferentes para parar o que estava acontecendo. Foi o motorista deles que tornou a experiência tão catastrófica", acrescentou. "Quis dirigir rápido, mudar de faixa (...), ir na direção oposta", disse ele.
Cerimônia de premiação
O incidente ocorreu depois que Harry, de 38 anos, e Meghan, 41, participaram de uma cerimônia de premiação com a mãe da atriz americana, Doria Ragland.
Um porta-voz da polícia de Nova York afirmou que transportar o grupo foi "desafiador" por causa dos fotógrafos, mas "não foram relatadas colisões, lesões ou detenções".
Uma fonta citada pelo tabloide americano New York Post alegou que não houve ligações de emergência para a polícia e que a suposta perseguição "não durou nem duas horas".
Mas Chris Sanchez, membro da equipe de segurança do casal, disse à CNN que a perseguição foi preocupante e perigosa. "Eu nunca tinha visto ou vivido nada parecido", afirmou. "O que tínhamos em mãos era muito caótico. O público esteve em perigo em vários momentos. Poderia ter sido fatal", disse.
O príncipe Harry mantém relações tensas com a imprensa e nos últimos anos apresentou com inúmeras denúncias no Reino Unido contra tabloides por violação de sua privacidade.
Ele e Meghan deixaram a família real britânica no início de 2020 e foram morar na Califórnia. Uma das justificativas foi a pressão insuportável da mídia.