A modelo Linda Evangelista, que chegou a ser uma das mulheres mais fotografadas do mundo, voltou a aparecer sob as lentes em uma capa para a revista norte-americana People. Nos últimos anos, ela se escondeu após uma intervenção de criolipólise mal-sucedida.
A intervenção estética promove o resfriamento controlado de células de gordura localizada, de forma não invasiva, mas acabou trazendo problemas para Linda. Na entrevista à publicação, ela declarou ter sido "brutalmente desfigurada" e "permanentemente deformada".
"Eu não posso mais viver dessa maneira, me escondendo e com vergonha. Eu não poderia viver essa dor por mais tempo. Eu finalmente estou disposta a falar", afirmou. Agora, ela pede US$ 50 milhões de dólares, cerca de R$ 258,19 milhões, por danos à companhia 'Zeltiq Aesthetics Inc.'.
No médico
Três meses após o procedimento, feito em 2016, Linda começou a notar protuberâncias no queixo, nas coxas e nos seios. Começou a fazer dietas, mas nada resolvia.
Em junho daquele ano, ela resolveu ir ao médico. "Eu abaixei o meu roupão para ele; eu estava berrando e disse que não tinha comido, que estava faminta", revelou.
No consultório, descobriu que estava com "Paradoxical adipose hyperplasia" (PAH), no qual o processo de resfriamento faz com que o tecido de gordura fique mais grosso.
Linda conta que o médico entrou em contato com a empresa do procedimento, que ofereceu uma lipoaspiração, sob a condição de confidencialidade, com um cirurgião escolhido por eles.
A modelo não aceitou a proposta, pagou os procedimentos, mas não obteve resultados satisfatórios. "São saliências que são duras. Se eu andar sem uma cinta com um vestido, o atrito vai fazer com que sangre", diz, contando que acredita não ter possibilidade de mais trabalhos por conta disso.
Entretanto, depois de anos sem posar, ela conta que pretende mudar para contar do trauma e ajudar outras mulheres. "Este é o meu objetivo; eu não vou mais me esconder", pontua.