Léo Lins vira réu por publicar piadas com conteúdo preconceituoso e discriminatório

Humorista distribuiu vídeos retratando atos ofensivos e degradantes contra grupos vulneráveis e minoritários

O humorista carioca Léo Lins virou réu em uma ação por propagar conteúdo contra minorias e grupos vulneráveis. Ele teve ainda o canal no YouTube retirado do ar. As informações foram divulgadas pelo portal G1, nesta terça-feira (5). 

A Justiça de São Paulo bloqueou R$ 300 mil das contas do humorista por ele continuar distribuindo conteúdo preconceituoso e discriminatório.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) entrou com a ação contra o humorista para suspender o canal no YouTube, em abril deste ano. Conforme o órgão, o humorista distribuiu vídeos retratando atos ofensivos e degradantes contra grupos vulneráveis e minoritários, implicando crimes de ódio, preconceito e discriminação.

Descumprimento de ordem

Em maio deste ano, a Justiça acatou o pedido do MP e fixou uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento. Segundo a juíza do caso, o humorista usa o pretexto de que está fazendo um espetáculo para ofender grupos e incitar práticas criminais, inclusive de natureza sexual.

Conforme a Justiça, o humorista descumpriu o pedido e manteve diversos links de vídeos com conteúdo depreciativo nas redes. E, em julho deste ano, foi pedido o bloqueio de R$ 300 mil das contas de Léo Lins, além da aplicação de multa.

O portal da TV Globo procurou o humorista, mas até a publicação da reportagem não houve retorno da equipe de Léo Lins. Na noite dessa terça, ele postou uma mensagem nos stories do Instagram sobre o ocorrido: "Mais um show de humor removido pelo Ministério Público".