O influenciador Diego Friggi, de 35 anos, foi sepultado na última segunda-feira (11), em São José dos Campos, Interior de São Paulo. Ele faleceu no dia anterior, após sofrer uma parada cardiorrespiratória devido a complicações de uma embolia pulmonar — condição ocorre quando um coágulo de sangue bloqueia uma ou mais artérias do pulmão.
Há cerca de 15 dias, o criador de conteúdo foi diagnosticado com pneumonia, sendo internado em um hospital ligado à Unimed na última sexta-feira (8), após o quadro se agravar. Na unidade, a família relata que foi informada que o paciente precisava ser transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ao portal g1, a viúva dele, Bruna Martins da Silva Cardoso, contou que o local alegou a indisponibilidade de vaga e informou que o convênio do influenciador tinha uma carência, por isso, a dificuldade para a transferência.
"Eu mesma liguei para poder confirmar que ele tinha uma carência e ele não poderia ser internado. Só que pelo quadro dele, ele tinha que ser internado. Essa internação particular seria somente para ele aguardar um leito da UTI do SUS, que em nenhum momento apareceu", detalhou a esposa do criador de conteúdo.
Em nota, a Unimed de São José dos Campos informou que Diego "recebeu toda assistência médica e hospitalar necessária com aplicação de protocolos de atendimento. Adequados pela equipe médica e multiprofissional e esclarece ainda que a busca por vaga para transferência ao sistema único de saúde SUS foi realizada devido a questões administrativas sem causar qualquer prejuízo ao atendimento prestado ao paciente".
Ainda no comunicado, a instituição declarou que "reafirma nosso compromisso com a segurança e qualidade dos serviços oferecidos aos nossos clientes, cumprindo rigorosamente todos os critérios e regulatórios previstos pela legislação, especialmente no que se refere aos atendimentos de urgência e emergência. Nos solidarizamos com a família do paciente e permanecemos à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais, sempre respeitando a privacidade dos dados pessoais".
A Prefeitura de São José dos Campos lamentou a morte do influenciador e afirmou que o hospital privado era responsável pelo tratamento. O Município afirmou ainda que não recebeu oficialmente nenhum pedido de transferência do paciente para a rede pública, nem pedido de leito de UTI.
A Secretaria de Estado da Saúde detalhou que nenhum pedido de transferência foi feito via sistema CROSS, que faz a regulação de vagas.