Já na 23ª edição, o Big Brother Brasil é caso típico da reinvenção - e o BBB 20 foi o marco dessa mudança. Naquela época, a mistura entre famosos e anônimos era incerta, mas emplacou. Porém, no 21º, o ímpeto do jogo deixou o início do reality pesado de assistir, enquanto no 22º sobrou falta de vontade, músicas sem graça e "amizades" insossas. Agora, no BBB 23, mesmo com uma das piores estreias do programa em audiência, um equilíbrio parece ter se construído.
Muito cedo para julgar, de fato, mas os integrantes parecem ter uma "liga" até então. Tina e Guimê, por exemplo, são exemplos claros de quem entra para confabular, tramar estratégias e colocar a disputa para a frente. Gustavo e Key Alves, em contrapartida, dão indícios de flerte ou até mesmo de um romance ao longo do confinamento.
Os perfis diferentes são claros. A primeira prova do programa, que concedeu imunidade a uma das duplas iniciais, pode, inclusive, servir de termômetro. Entre os nomes promissores, sabendo bem que o engano pode ocorrer, acrescento Fred e Ricardo como fortes competidores nas provas, assim como Bruna Griphao e Larissa.
Os quatro resistiram a uma prova de dificuldade média, mas esquentaram os motores de uma forma legal de ver. Ah, lembre também de Sarah Aline e Gabriel Santana, que concorrem ao posto de "queridinhos" do Twitter.
Elenco equilibrado?
Mas, afinal de contas, isso significa um elenco perfeito para o BBB? Longe disso! Basta olhar para a 21ª edição. As críticas faziam coro por lá: elenco tóxico, tramas pesadas e personagens difíceis de assistir em um programa de entretenimento. Apesar disso, o sucesso foi absoluto, consagrou Juliette e ainda entregou Gil do Vigor, um dos maiores do BBB em todos os tempos.
Assim digo que ainda é cedo para formular opiniões precisas. Tina e Guimê podem queimar a largada indo com tanta sede ao pote. Key Alves pode negar as investidas do fazendeiro Gustavo, e até Fred e Ricardo podem passar despercebidos após uma semana imunes dentro da casa mais vigiada do Brasil.
No BBB, tudo é incerteza, dúvida. Diante dos perfis diferentes, cada semana é como uma caixinha de surpresas, e o que está por vir pode ser tanto grandioso como medíocre, só resta acompanhar para ver.
Apostas para as próximas semanas:
Tina: a angolana parece ter certeza dos objetivos dela no reality e já criou os arranjos que deseja com as alianças formadas. Minha aposta para boa jogadora até aqui.
Fred: o ex de Bianca Andrade pode parecer tranquilo, mas demonstrou que terá a competitividade debaixo do braço como trunfo nas provas do programa.
Bruna Griphao: com um ar de quem pode agir de forma inesperada a qualquer momento, a atriz pretende conquistar o público justamente pela espontaneidade e jeito mais desbocado.
Paula: destaque meio chatinho até aqui, viu? A paraense implicou com umas coisas meio bobas. Quem se incomoda de ter sido esperado para almoçar? Pois bem, ela, sim - e já ganhou certa indisposição dos espectadores nas redes sociais.
Fred Nicácio: ainda não entendi qual o objetivo dele no jogo. Seria o de irritar todos os participantes para se tornar protagonista? Se for assim, não tem dado muito certo, visto que parte da antipatia do público ele já conseguiu.