Promotores norte-americanos entraram com uma petição, na última sexta-feira (15), na tentativa de que a Justiça não conceda uma fiança para Sean "Diddy" Combs, de 55 anos. O rapper foi preso em setembro e, desde então, acusado em mais de 100 denúncias de tráfico e crimes sexuais.
De acordo com a revista People, a petição da promotoria revela tentativas do artista de contatar as vítimas e testemunhas do escândalo que foi destaque em todo o mundo.
"[Ele fez] esforços persistentes de contatar potenciais testemunhas, incluindo vítimas de abuso que poderiam dar um depoimento poderoso contra ele", disse a petição, segundo a People.
Rapper estaria usando números de detentos
O documento destaca ainda que Diddy tem usado números de outros detentos para tentar se comunicar com pessoas, dentre elas alguns de seus sete filhos. Essas ligações seriam triplas e teriam como objetivo "contatar outras pessoas".
Para a promotoria, o rapper ainda fez uso de um outro serviço para se comunicar com "indivíduos não-autorizados". Eles acreditam que ele use a chamada com os filhos para chegar perto de vítimas e tentar abordá-las: "[A ligação] fornece a clara conclusão de que o objetivo do réu é chantagear vítimas e testemunhas ou para ter o silêncio, ou para dar um depoimento que ajude sua defesa.”
Diddy é acusado ainda de tentar moldar a opinião pública por meio das redes sociais. Um exemplo disso seria um um vídeo publicado no perfil dele um mês após a prisão, no seu aniversário, em que alguns filhos aparecem cantando "parabéns" para ele pelo telefone com um bolo.
A promotoria defende que o réu tem "monitorando as estatísticas" e o "engajamento do público" sobre o caso, e afirma que o rapper discutiu abertamente os efeitos de imagens como a do “parabéns” com a família.