O Doodle do Google celebra, nesta sexta-feira (24), o aniversário da dublê surda norte-americana Kitty O'Neil. Conhecida como a "mulher mais rápida do mundo", a piloto de carros e jatos que atuou em cenas de riscos da série "Mulher-Maravilha" (1977-1979) completaria 77 anos neste dia.
A homenagem à profissional, ilustrada pela artista surda Meeya Tjiang, está disponível para usuários que acessam o buscador pela rede de computadores do Brasil, dos Estados Unidos, da Colômbia, do Chile, do Peru, do Uruguai, do México, da Islândia, do Reino Unido, da Irlanda, da Alemanha, da Polônia e da Índia.
Quem foi Kitty O'Neil
Nascida nesta data no ano de 1946, no Texas, O'Neil conviveu com a surdez desde a infância, após ser acometida por uma doença que provocou a perda da audição. A condição não limitou a capacidade de comunicação dela, que aprendeu diferente formas de construir diálogos, principalmente através da fala e da leitura de lábios.
Com o sonho de se tornar uma atleta profissional, ela começou tentando alcançar o objetivo no mergulho, mas teve as chances de competir aniquiladas após lesionar o pulso e ficar doente. Sem poder continuar, ela decidiu mudar de área.
Em seguida, O'Neil passou a experimentar esportes de alta velocidade, como esqui aquático e corridas de motocicleta. Apaixonada por adrenalina e aventura, ao longo da carreira ela realizou atos perigosos, como cair de grandes alturas enquanto era incendiada, além de pular de helicópteros.
No fim dos anos de 1970, ela chegou às telonas como dublê de filmes e de séries de TV, incluindo "A Mulher Biônica" (1976), "Mulher-Maravilha" (1977-1979) e "Os Irmãos Cara de Pau" (1980). Ela foi a primeira mulher a ingressar na Stunts Unlimited, uma organização para os melhores dublês de Hollywood.
Cerca de seis anos depois, foi coroada como "a mulher mais rápida do mundo" após cruzar o deserto de Alvord, no estado de Oregon, em 512,71 milhas por hora (cerca de 825 km/h), pilotando um carro movido a peróxido de hidrogênio.
Em 1993, abandonou a vida badalada de Los Angeles e se mudou para Eureka, onde permaneceu até a morte, em novembro de 2018.