Claudette Dion, irmã de Céline Dion, atualizou o público sobre o estado de saúde da cantora. Em entrevista à revista Hello! Canada, ela revelou que a artista está "rezando por um milagre".
"É uma doença sobre a qual sabemos tão pouco. Existem espasmos — são impossíveis de controlar. Você sabe quem costuma pular durante a noite por causa de uma cãibra na perna ou na panturrilha? É um pouco assim, mas em todos os músculos", detalhou.
Céline Dion convive com a Síndrome da Pessoa Rígida (SPR), uma condição neurológica rara e progressiva, desde o ano passado. Uma fonte próxima à cantora revelou ao The National Enquirer que a estrela pop está sensível a ruídos altos e quase não sai de casa devido aos espasmos.
"Ela tem dificuldade para andar e fica à mercê de ruídos altos que desencadeiam espasmos. Suas costas ficaram curvadas e seus espasmos musculares são, às vezes, insuportáveis”, afirmou.
Neste mês, Claudette Dion também revelou que os remédios para o tratamento da doença já não fazem o mesmo efeito. "Não achamos nenhum remédio que funcione, mas ter esperança é importante. Eu, honestamente, penso que ela precisa sobretudo descansar. Ela sempre vai além em suas performances, sempre tenta ser a melhor", disse ela.
O QUE É A SÍNDROME DA PESSOA RÍGIDA?
Segundo o Instituto Nacional de Desordens Neurológicas dos Estados Unidos, a SPR é uma condição neurológica rara e progressiva. Entre os sintomas, estão a rigidez dos músculos dos braços e das pernas e uma intensa sensibilidade auditiva e estresse emocional, que podem causar espasmos musculares.
Com a evolução da síndrome, os pacientes podem desenvolver posturas anormais, geralmente curvadas. Algumas pessoas podem também perder a capacidade de andar e se movimentar. Além disso, a perda dos reflexos pode gerar quedas constantes, aumentando riscos de lesões.
A síndrome afeta duas vezes mais mulheres que homens. O diagnóstico definitivo é feito com um exame de sangue que mede o nível de anticorpos descarboxilase de ácido glutâmico (GAD). A ciência, no entanto, não identificou a causa exata da condição. A hipótese é que seja gerada por uma resposta autoimune que deu errado, já que a doença pode estar associada a outras doenças autoimunes, como diabetes, vitiligo, anemia e alterações na tireoide.
O diagnóstico pode ser confundido com Parkinson, esclerose múltipla e fibromialgia.
O tratamento demanda o uso de medicamentos relaxantes musculares, basicamente. Contudo, terapia com imunoglobulina intravenosa pode ajudar a reduzir a rigidez e a sensibilidade ao som.