Cauã Reymond, 41, disse em entrevista à revista "GQ", de Portugal, ter enfrentado uma depressão após sequelas da cirurgia que fez no quadril, em 2010. A partir de então, o ator passou a tomar mais cuidado com a saúde mental, para além dos cuidados com o corpo.
"O excesso de exercício físico pode ser prejudicial. Quando fiz uma novela chamada 'Passione', meu personagem era um ciclista e eu queria ficar com as pernas fortes. Comecei a malhar muito, pedalar, pedalar", disse. Segundo ele, o estado de saúde chegou a essa condição pela falta de enforfina, após interromper os exercícios.
"Acabei operando meu quadril. Descobri que tinha uma má formação do fêmur. Tive que andar de muletas. Foi um momento difícil em todos os aspectos. A região do quadril é uma região difícil para namorar. Eu tive uma depressão por conta da endorfina. Eu estava acostumado a ter um shot de endorfina diário e parei de ter. Depois eu me recuperei, mas eu tive uma grande cicatriz. Não só física. Uma cicatriz na minha potência como homem", revela.
Ainda conforme o artista, algumas lições foram aprendidas com a maturidade, como a busca pela espiritualidade, depois de perdas recentes.
"Com a maturidade que vem chegando, perdi pessoas queridas e comecei a ter uma relação com a saúde. Durante muitos anos, eu fui um cara saudável, atleta, mas acho que eu não entendia o quanto é importante era eu estar calmo aqui (mão na cabeça), relaxado aqui (mão no coração). Não adianta fazer todas as técnicas, todos os treinos, se você também não encontrar uma saúde emocional", disse.