Ele tomou as primeiras notas instrumentais por meio da música erudita em uma banda escolar, mas foi no pagode que se concretizou como artista. De origem humilde, o cantor e compositor Felipe Dipas mudou o olhar pela vida ao viajar para uma turnê de apresentações na Itália ainda na adolescência.
Em entrevista ao "Que Nem Tu", temporada especial "Viva O Verão", que vai ao ar nesta quinta-feira (14.11), o cearense falou como a vida ganhou novos olhares por meio do lado artístico.
Dipas teve os holofotes do mercado musical voltados a ele pela atuação no grupo Mesura. Ele conta que aos 18 anos, já tinha o sonho de ingressar na banda. Pela falta de um membro em uma apresentação, ele acabou encarando tocar surdo com os ídolos. Daquele momento uma janela de oportunidade se abriu. Do que era apenas uma vida, virou uma parceria musical de anos.
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Ainda no "Que Nem Tu", o cantor comenta como o grupo de pagode conseguiu se estabelecer em meio ao mercado local do Ceará voltado ao forró nos anos 2000.
Levar o pagode para diferentes nichos da sociedade
Defensor do pagode, Dipas diz ainda presenciar uma parcela de rejeição do gênero musical por demarcarem o som como periférico. "As pessoas sempre estão em busca de colocar as coisas nas caxinhas pra poder, em alguma medida, vender, ou então, elitizar ou desmerecer outra, mas o pagode é o nosso samba", ressalta o artista.
De ouvidos atentos aos novos sons do mercado, Dipas revela escutar com maior frequência o trap — gênero derivado do hip hop. Ao mesmo tempo, ele aponta variações no gosto da juventude. "O que não sai do hype, de perifa, jovem ligados, da geração Z é o funk. É só você zapear rapidinho no Spotify. O pagade tá batalhando. o sertanejo vai e volta".