A cantora Paula Fernandes, 36, afirmou nesta segunda-feira (23) que continuará emprestando sua voz para o próximo álbum de Sérgio Reis, 81. A confirmação ocorre em um momento em que diversos colegas do cantor desistiram de participar do projeto.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a cantora mineira disse que Reis participou de um álbum dela no começo da carreira e que tem "enorme gratidão", além de muito respeito pela carreira dele. "A decisão é absolutamente artística, como sempre foram suas decisões musicais", diz comunicado.
Além disso, Fernandes afirmou que "repudia compromissos firmados e cancelados, como já experimentou uma vez". Vale lembrar que, em 2019, Luan Santana cancelou a participação que faria no DVD da cantora poucos dias antes da gravação, após a música "Juntos", versão de um hit de Lady Gaga, virar meme na internet por causa do refrão "juntos e shallow now".
Por outro lado, a cantora Anastácia foi mais uma a cancelar a participação no projeto de Reis. Ela disse ter admiração e respeito pelo cantor e sua trajetória, mas decidiu declinar do projeto.
"A artista declara que é tudo o que tem a dizer sobre esse assunto e não mais se pronunciará", diz a assessoria de imprensa dela. A cantora e compositora já havia gravado, como convidada, uma versão de "Eu Só Quero um Xodó", que é de sua autoria.
Ela se junta a Zé Ramalho, Maria Rita, Guilherme Arantes e Gutemberg Guarabyra (da dupla Sá e Guarabyra), que já haviam anunciado que não fariam mais parte do projeto.
Polêmica
Sérgio Reis causou alvoroço na internet após o vazamento de um áudio no qual afirma que caminhoneiros parariam o país em setembro até que o Senado afastasse os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de seus cargos.
Na sexta-feira (20), a Polícia Federal chegou a fazer uma ação de busca e apreensão na casa dele. Reis dizia em conversa com um amigo que "se em 30 dias não tirarem os caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa está séria".
Ele também relatou uma reunião que teve com o próprio presidente Jair Bolsonaro e com militares "do Exército, da Marinha e da Aeronáutica", em que informou o que faria.
"Eu errei, quero pedir desculpas, até ao Supremo", disse o cantor em entrevista a Roberto Cabrini no Domingo Espetacular. "Eu sou uma pessoa que só pensa bem dos outros. E agora estão querendo acabar comigo como se eu fosse bandido. Eu não sou bandido."