A Rússia registrou sua segunda vacina contra o coronavírus, uma etapa que no país precede a fase final de testes clínicos, anunciou nesta quarta-feira (14) o presidente Vladimir Putin.
> Rússia libera primeiro lote da vacina contra Covid-19 para a população
Em 11 de agosto, Putin anunciou o registro da primeira vacina contra a Covid-19, a Sputnik V. Em setembro, o Ministério da Saúde russo afirmou que a vacina foi liberada para o público em geral e que o primeiro lote estaria disponível em breve.
O laboratório Vektor, na Sibéria, "registrou hoje a segunda vacina contra o coronavírus, chamada EpiVacCorona", disse Putin em uma reunião ministerial por videoconferência.
A vacina tem um "nível de segurança suficientemente alto", declarou a vice-primeira-ministra russa responsável pela saúde, Tatiana Golikova.
Na fase 1 de testes em humanos, foram vacinados cinco voluntários, com possível ampliação para cem voluntários entre 18 e 60 anos. A vacina contém fragmentos de proteínas do novo coronavírus, que podem estimular o sistema imune a induzir resposta protetora.
A vacina irá agora para a fase final de testes, que envolverá 40.000 voluntários.
Putin afirmou que o país precisa aumentar a produção das duas vacinas desenvolvidas. O governo russo já havia anunciado que esperava registrar a segunda vacina até esta quinta-feira (15).
Sputnik V
A Rússia anunciou planos para iniciar a vacinação da população em outubro. A primeira vacina, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, despertou desconfiança de especialistas devido à falta de transparência na divulgação de resultados.
No Brasil, o governo do Paraná formalizou um acordo para produção e distribuição no Brasil da Sputnik V, em 12 de agosto.
Em setembro, governo da Bahia assinou um acordo com Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), o fundo soberano da Rússia, que prevê o fornecimento de 50 milhões de doses da primeira vacina russa contra a Covid-19.