O isolamento social estabelecido para conter a propagação da Covid-19 tem representado um período de recuperação para a fauna e a flora do Ceará. O Parque Estadual do Cocó, que está fechado desde o primeiro decreto de quarentena no Estado, em 20 de março, apresenta ganhos nesse período de menor intervenção humana. De acordo com o administrador do Parque, animais que não eram vistos há muito tempo voltaram a aparecer e diversas espécies de plantas recobrem o solo.
Guaxinins, raposas, iguanas, entre outros, agora são flagrados de forma recorrente em áreas que antes, devido a movimentação de pessoas, eram atípico vê-los, conforme a vigilância do Parque. “[Eles aparecem] bem aqui próximo do centro administrativo, do anfiteatro, onde ocorrem os eventos, os shows e os piqueniques”, revela o gestor da unidade de conservação (UC) do parque, Paulo Lira. Para o gestor, isso mostra que os animais estão tentando tomar o seu habitat de volta.
Com a ausência de visitantes em suas trilhas, a fauna do Cocó também se recompõe. “A gente vê o surgimento, em plena a trilha principal, de diversas espécies de mangues, também de plantas rastejantes, plantas que estão realmente fechando a trilha, deixando claro que nós seres humanos precisamos cuidar melhor dos nossos parques e da natureza como um todo”, afirma Lira.
Retomada das visitações
Devido aos diversos benefícios que o Parque do Cocó teve com o período sem visitação, a administração do local ainda estuda uma melhor forma de retomada das atividades. O Governo prevê a reabertura na quarta fase do cronograma, mas a gestão deve estender o bloqueio até meados de agosto. “O Parque do Cocó funcionava de segunda a segunda, mas stamos avaliando fechá-lo durante, pelo menos, um dia na semana”, explica o articulador das Unidades de Conservação Estaduais, Leonardo Borralho.