O Brasil recebeu na manhã desta quinta-feira (19) as 120 mil primeiras doses da Coronavac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac. O imunizante está na fase 3 de testes e é um dos quatro candidatos a vacina contra o coronavírus (Sars-CoV-2) que estão sendo testados no país.
O lote foi trazido em um voo da China que desembarcou no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Para ser aplicada na população, a CoronaVac necessita de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que só poderá acontecer após a conclusão da fase de testes.
As doses fazem parte de um lote de 6 milhões previsto para chegar ao território brasileiro até o fim de 2020. Além das vacinas que já virão prontas da China, o Instituto Butantan deve receber ainda este ano parte da matéria-prima para fabricar outras 40 milhões de vacinas.
O local onde os imunizantes serão armazenados não será divulgado pelo governo paulista por questões de segurança.
Disputa pela vacina
As 46 milhões de doses da CoronaVac foram adquiridas pelo governo paulista. No final de outubro, a aquisição do imunizante pelo Ministério da Saúde chegou a ser anunciada pelo ministro Eduardo Pazuello.
Após o anúncio, a compra de uma vacina chinesa teve repercussão negativa entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, o que fez com que ele mandasse cancelar a aquisição. Com isso, o ministério publicou que "não há intenção de compra" do imunizante.