Ceará supera volume de chuva esperado para todo o ano; cenário só aconteceu 3 vezes em 12 anos
Precipitações registradas no meses iniciais de 2022 já são maiores que volume observado também em 2021
Foram precisos apenas 153 dias para que as chuvas no Ceará ultrapassassem a média histórica anual. Conforme levantamento realizado pelo Diário do Nordeste, entre 1º de janeiro a 3 de junho, o Estado já acumulou 808,7 milímetros, índice superior ao que é esperado para todo o ano (800,6 mm).
Nos últimos 12 anos, apenas em três oportunidades as chuvas ficaram acima da média. Em 2020, o ano fechou com 958,6 milímetros (+19,7%) e, em 2019, acumulado de 841,2 mm, o que representa 5,1% acima da média.
- 2022: 808,7 mm
- 2021: 690,3 mm
- 2020: 958,6 mm
- 2019: 841,2 mm
- 2018: 798 mm
- 2017: 667,8 mm
- 2016: 550 mm
- 2015: 523,4 mm
- 2014: 546,1 mm
- 2013: 548,7 mm
- 2012: 363,8 mm
- 2011: não consta informações no site da Funceme
- 2010: 537,6 mm
Esses bons índices devem-se à regularidade das chuvas ao longo dos meses. Entre janeiro e maio, apenas fevereiro fechou com pluviometria bem abaixo da média, com 64,5 milímetros registrados, quase 50% inferior à normal climatológica (118,6 mm).
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Janeiro teve a maior variação percentual dentre os meses iniciais. Choveu 163,7 mm, ou seja, quase 66% acima da normal climatológica (98,7 mm). Já março obteve o maior índice: foram 265,8 milímetros acumulados ao longo do mês, um desvio positivo de 30,7%.
O mês de abril fechou bem próximo da média, com 182,6 mm registrados ante 188 milímetros da média histórica, diferença de apenas 3%. Maio, último mês da quadra chuvosa, chegou ao fim com 110,4 milímetros acumulados, o que representa quase 22% acima da normal climatológica.
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Açudes alcançam recorde
O intenso volume de chuva impactou diretamente a recarga dos reservatórios cearenses. Conforme dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), atualmente são 41 açudes sangrando. Maior número, para o período, dos últimos 10 anos.
Além destes, outros 14 reservatórios estão com volume acima dos 90% e também estão próximos de sangrar. Já o volume médio dos 156 açudes cearenses monitorados pela Cogerh é de 38,4%. Este percentual é o segundo melhor dos últimos dez anos, atrás apenas de 2013, com 39,26%.