Relógio e fonte da Praça do Ferreira voltam a funcionar após um mês em reforma

Ambulantes e moradores notaram a ausência do relógio-símbolo do lugar

Depois de cerca de um mês sem os marcadores redondos do relógio da Coluna da Hora, na Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza, os símbolos do local foram revitalizados nesta semana. Além de voltar a marcar o tempo, a fonte de água passou por manutenção e retornou ao funcionamento.

A Prefeitura Municipal de Fortaleza concluiu, nesta semana, uma série de serviços de reparos no relógio da Coluna da Hora e na fonte localizadas na Praça do Ferreira, no Centro da Capital. 

Os serviços de recuperação foram realizados pela Secretaria Municipal da Gestão Regional (Seger) após ambulantes e moradores notarem o "sumiço" do relógio. A gestão informou que os reparos foram iniciados no dia 26 de junho.

O equipamento passou por uma revisão completa das máquinas e engrenagens, além de receber uma nova pintura nas 4 faces, como informou a Seger. Com avisos sonoros a cada 10 minutos e uma melodia especial a cada hora, há destaque para a marcação das 18h.

Esse horário é conhecimento pelos transeuntes da Praça do Ferreira como o momento no qual toca a "música dos anjos". Já a fonte, que fica no entorno do equipamento, recebeu o serviço de manutenção nas bombas e opera, diariamente, das 11h às 12h.

História da Coluna da Hora

A Praça do Ferreira foi inaugurada em fevereiro de 1829. E, desde então, já passou por inúmeras reformas e transformações. 

Conforme já mostrado pelo Diário do Nordeste, em 1932, o prefeito Raimundo Girão mandou derrubar o coreto, e em substituição, construiu a “Coluna da Hora”, um de “seus símbolos máximos”, conforme aponta a dissertação de mestrado “A Praça do Ferreira em Quatro Tempos: Paisagismo e Modernidade em Fortaleza”, de Julia Santos Miyasaki. 

O relógio de 4 faces, oriundo da América do Norte, foi então instalado servindo de orientação para todos os lados do logradouro. 

A inauguração pós-reforma ocorreu em 31 de dezembro de 1933. De acordo com a dissertação, a Coluna da Hora ganhou destaque também por ser “um objeto extremamente verticalizado para a época, que podia ser facilmente percebido devido à escala dos edifícios localizados no entorno”. 

Mas, conforme o Diário do Nordeste também já mostrou, em 1967, em uma reforma da Praça e a partir de uma decisão impopular do então prefeito José Walter, a Coluna da Hora e o Abrigo Central foram derrubados e no logradouro foram instaladas várias estruturas de concreto e jardins suspensos, impedindo a visão do lado oposto da praça.

Porém, em 1991, na gestão de Juraci Magalhães, a praça foi reformada novamente chegando ao atual formato. Entre agosto e dezembro daquele ano, a Praça passou pela última grande reforma. Nela, uma nova Coluna da Hora, com 13 metros de altura, foi colocada no logradouro e 74 árvores foram transplantadas do horto municipal para o equipamento. 

O projeto arquitetônico foi de Fausto Nilo e Delberg Ponce de Leon, que tentaram resgatar a Praça do Ferreira de sua primeira inauguração em 1933, onde existia a Coluna da Hora, cartão postal da cidade.