Doença grave e que leva à morte em quase 100% dos casos, a raiva humana voltou a aparecer no Ceará: neste mês, após 7 anos sem notificações, o Estado teve um óbito pela virose, após um agricultor de 36 anos ser atacado por um sagui.
Antes disso, entre 2007 e 2016, cinco cearenses morreram pela doença: em Camocim (2008), Chaval (2010), Ipu (2010), Jati (2012) e Iracema (2016). Três dos casos foram transmitidos por saguis, um por cão e outro por morcego, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).
O Diário do Nordeste reúne, então, informações de autoridades de saúde sobre quais os sintomas da raiva humana, como prevenir, onde se vacinar e o que fazer em caso de contato com animais infectados.
Como a raiva humana é transmitida
A raiva é transmitida a seres humanos pela saliva de animais domésticos ou silvestres infectados, após mordida, arranhão ou lambida. Cães, gatos, saguis, raposas e morcegos são os transmissores mais comuns.
É uma doença de alta letalidade, causada por um vírus que, em geral, migra para o sistema nervoso central e causa inflamação no cérebro, como frisa o Ministério da Saúde.
atendimentos envolvendo casos antirrábicos foram registrados no Ceará de 2017 a 2022, sem mortes, conforme a Sesa.
Como prevenir a raiva humana
As principais formas de prevenção da raiva humana são vacinar cachorros e gatos e evitar contato com mamíferos desconhecidos.
Caso uma pessoa seja mordida, arranhada ou lambida por um animal não vacinado ou desconhecido, deve imediatamente lavar o local da ferida com água e sabão e buscar a Unidade Básica de Saúde mais próxima, como orienta a Secretaria da Saúde.
A Pasta acrescenta que os profissionais de saúde devem avaliar o caso e, se for necessário, aplicar a vacinação e soro pós-exposição, forma 99% eficaz de evitar a infecção.
Sinais e sintomas da raiva humana
Entre as manifestações da doença em pessoas que a contraem, estão:
- Dificuldade de engolir (alimento, água ou saliva);
- Sensibilidade à luz (fotofobia);
- Tremores involuntários;
- Salivação excessiva. Em animais domésticos, como cães e gatos, também ocorre salivação em excesso associada à agressividade ou à mudança comportamental.
Já em animais domésticos, como gatos e cachorros, o vírus causa agressividade ou mudança comportamental, associada também à salivação excessiva.