Raiva humana: veja sintomas, como se prevenir e onde buscar vacina

Ceará registrou uma morte pela doença em 2023, após 7 anos sem casos

Doença grave e que leva à morte em quase 100% dos casos, a raiva humana voltou a aparecer no Ceará: neste mês, após 7 anos sem notificações, o Estado teve um óbito pela virose, após um agricultor de 36 anos ser atacado por um sagui.

Antes disso, entre 2007 e 2016, cinco cearenses morreram pela doença: em Camocim (2008), Chaval (2010), Ipu (2010), Jati (2012) e Iracema (2016). Três dos casos foram transmitidos por saguis, um por cão e outro por morcego, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).

O Diário do Nordeste reúne, então, informações de autoridades de saúde sobre quais os sintomas da raiva humana, como prevenir, onde se vacinar e o que fazer em caso de contato com animais infectados.

Como a raiva humana é transmitida

A raiva é transmitida a seres humanos pela saliva de animais domésticos ou silvestres infectados, após mordida, arranhão ou lambida. Cães, gatos, saguis, raposas e morcegos são os transmissores mais comuns.

É uma doença de alta letalidade, causada por um vírus que, em geral, migra para o sistema nervoso central e causa inflamação no cérebro, como frisa o Ministério da Saúde.

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atendimentos envolvendo casos antirrábicos foram registrados no Ceará de 2017 a 2022, sem mortes, conforme a Sesa.

Como prevenir a raiva humana

As principais formas de prevenção da raiva humana são vacinar cachorros e gatos e evitar contato com mamíferos desconhecidos.

Caso uma pessoa seja mordida, arranhada ou lambida por um animal não vacinado ou desconhecido, deve imediatamente lavar o local da ferida com água e sabão e buscar a Unidade Básica de Saúde mais próxima, como orienta a Secretaria da Saúde.

A Pasta acrescenta que os profissionais de saúde devem avaliar o caso e, se for necessário, aplicar a vacinação e soro pós-exposição, forma 99% eficaz de evitar a infecção.

Sinais e sintomas da raiva humana

Entre as manifestações da doença em pessoas que a contraem, estão:

  • Dificuldade de engolir (alimento, água ou saliva); 
  • Sensibilidade à luz (fotofobia); 
  • Tremores involuntários; 
  • Salivação excessiva. Em animais domésticos, como cães e gatos, também ocorre salivação em excesso associada à agressividade ou à mudança comportamental.

Já em animais domésticos, como gatos e cachorros, o vírus causa agressividade ou mudança comportamental, associada também à salivação excessiva.