Operação da PF contra facção no Ceará sequestra imóveis e veículos milionários e apreende fuzil

Operação Espelho Branco 2 reúne 60 agentes federais contra esquema criminoso

Um esquema criminoso suspeito de lavar dinheiro do tráfico de drogas está sendo alvo da operação "Espelho Branco 2", da Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira (12). São cumpridos mandados judiciais nos municípios de Fortaleza, Eusébio, Aquiraz e Santa Quitéria, no Ceará, além de São Paulo (SP) e Maceió (AL). 

Foi determinado judicialmente o bloqueio de valores nas contas dos suspeitos, sequestro de imóveis de luxo em valores superiores a 5 milhões de reais e veículos em valores superiores a 2 milhões de reais. Um fuzil calibre 5.56 e uma pistola 9 mm foram apreendidos, nas buscas.

A PF disse, em nota, que a prática ilícita fez uma "movimentação milionária" e envolve a liderança de uma facção criminosa. 

Ao todo, 60 agentes federais executam nove mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária e outros mandados de sequestro de bens e valores expedidos pela Justiça Federal. Até o momento, 4 pessoas foram capturadas e dois estão foragidos, um em Fortaleza e outro em Portugal.

A PF explicou que as buscas têm como objetivo apreender documentos e mídias para instrução de Inquérito Policial. A partir do material, a investigação irá conseguir individualizar a atuação dos suspeitos, a participação de terceiros laranjas e o levantamento integral e apreensão de valores e patrimônio ilícito movimentado. 

Fase I

Deflagrada no dia 11 de novembro de 2021, a primeira fase da operação "Espelho Branco" prendeu um líder facção e cumpriu mandados de busca em três mansões em condomínios de luxo em Fortaleza e no Eusébio. Um dos imóveis foi adquirido por R$ 3,6 milhões.

Durante as investigações, a PF levantou indícios sobre a participação da quadrilha na dissimulação da propriedade de bens, na movimentação de recursos ilícitos e na integração no mercado formal com dinheiro do tráfico de drogas e do outros crimes. 

"Identificou-se uso de documentos falsos e interpostas pessoas, reuniões de criminosos em hotéis e condomínios de luxo e investimentos em empresas com atos dos suspeitos que  ostentavam riqueza de forma incompatível com qualquer atividade lícita", detalhou a PF. 

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas. Se somadas, as penas chegam a 40 anos de prisão.