Placas de veículos falsas ou ilegíveis geram média de 185 multas mensais em Fortaleza; veja punições

Falta de legibilidade lidera as irregularidades nas placas de veículos, conforme registro de fiscalizações no 1º semestre na Capital; multa é de R$ 293,47

Conduzir um veículo com placas inadequadas gera, em média, 185 infrações mensais em Fortaleza e os registros crescem neste ano. Seja por falta de legibilidade, violação do lacre ou mesmo a falsificação das placas, as irregularidades são gravíssimas com multa de R$ 293,47, 7 pontos na carteira e o veículo pode ser removido.

Entre janeiro e junho, 1.555 irregularidades com relação às placas inadequadas foram notificadas. Em todo o último ano, foram 1.780 - isso representa 87,3% do total. Nos últimos 18 meses, com o total de 3.335 infrações, a média foi de 185 multas mensais.

Os dados são da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) e o aumento no registro acontece com maior circulação de veículos após isolamento mais rígido na pandemia e intensificação nas fiscalizações após denúncias.

Os números evidenciam que, neste ano, a principal infração está relacionada à falta de legibilidade ou visibilidade: foram 1.518 registros no semestre. No ano passado todo, o balanço foi de 1.640 multas aplicadas pela infração.

Os casos podem ser resultado de descuido dos condutores, com o desgaste natural das placas, ou mesmo a colocação de objetos para comprometer a leitura da identificação dos veículos.

Na sequência das inadequações, 31 condutores foram flagrados em veículo com lacre de identificação violado ou falsificado no 1º semestre deste ano. O período também teve penalidade para 6 motoristas que violaram ou falsificaram a placa do veículo.

As penalidades para as infrações estão previstas no Artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Entre as punições, como medida administrativa, o veículo pode ser removido, caso não seja possível regularizar a situação durante a abordagem.

Wellington Cartaxo, gerente de operações e fiscalização da AMC, explica que há maior circulação de veículos desde o início do ano com a retomada mais intensa da economia e dos serviços após isolamento mais rígido durante a pandemia. Com isso, há mais irregularidades.

“Tivemos algumas denúncias relacionadas à forma de condução dos veículos e muitas delas sobre a tentativa de, alguma forma, dificultar a identificação, seja prejudicando a legibilidade, até mesmo danificando a placa ou falsificando”, completa.

69.867 blitze
No primeiro semestre, foram abordados 69.867 veículos nas blitze da AMC. 

Com isso, a resposta da AMC acontece com o aumento das fiscalizações para evitar esse tipo de infração. Em geral, as inadequações das placas são por descuido dos proprietários ou por fraude para evitar pagar, por exemplo, por avanço em semáforos fechados.

“Às vezes o proprietário não observa que aquela placa vai desgastando com o tempo, na lavagem, por exemplo. E outros são situações realmente de tentar adulterar o veículos, colocam linha, cartão e correntes para encobrir a placa e dificultar a fiscalização”, explica.

Prejuízo das placas inadequadas

Wellington Cartaxo destaca a relevância de manter as placas com boa legibilidade e isso deve ser avaliado constantemente pelos condutores. “O proprietário sempre tem que estar observando o estado de conservação do veículo e a placa é muito importante, porque faz a identificação do veículo", reforça.

A manutenção está relacionada não só à segurança coletiva, mas também do próprio dono do veículo. “Se não é possível fazer a leitura da placa, caso o veículo seja furtado ou tomado de assalto, acaba não sendo visualizado pelo sistema de segurança”, conclui.

Nisso, as fiscalizações acontecem para promover uma conduta segurança, como observa o gerente de operações da AMC. "Quando você tem a presença das equipes na rua, acaba fazendo com que as pessoas tenham um comportamento mais seguro no trânsito", finaliza.