A Prefeitura de Fortaleza lançou a nova versão da ferramenta Nina, que possibilita a denúncia de assédio sexual nos transportes coletivos da Capital. O evento aconteceu na tarde desta terça-feira (13), no Terminal do Papicu, contando com a presença do prefeito José Sarto.
O serviço já funcionava como um botão no aplicativo Meu Ônibus, mas a atualização 2.0 ampliou o acesso, funcionando também no WhatsApp. Assim, é possível anexar fotos, vídeos e detalhamentos sobre a ocorrência, como horário, data, coletivo, trajetória e bairro.
A partir da denúncia, a Nina 2.0 encaminha a vítima ou testemunha para a delegacia especializada. Conforme a Prefeitura, o projeto-piloto foi desenvolvido em 2018.
O prefeito detalhou que a ação busca incentivar a cultura de denúncia por parte da população, principalmente mulheres, e inibir a ação de assediadores nos coletivos.
"A versão 2.0 é uma versão moderna, turbinada, que agrega o WhatsApp. Antes, o acesso era só através da plataforma Meu Ônibus, mas agora você tem a possibilidade de utilizar o WhatsApp para adicionar fotos, vídeos, informações do local".
Sarto ainda reforçou que essa é mais uma ferramenta na "máquina política de proteção às mulheres". Com esse acesso facilitado aos canais de denúncia, importunadores podem ser desencorajados.
Mapear casos de assédio
Através de suas redes sociais, Sarto ainda apontou que a Nina 2.0 facilita o mapeamento dos casos por parte das autoridades, ao possibilitar a identificação da linha e do horário das ocorrências.
A ferramenta também permite:
- Inserir fotos e vídeos
- Mapear linhas e paradas com mais denúncias, colaborando com o desenvolvimento de estratégias de combate ao assédio.
- Registrar a ocorrência num sistema que encaminhará as informações e o alerta para os órgãos competentes.
Como denunciar
Para realizar a denúncia, a vítima ou a testemunha do assédio sexual, que pode ser no interior dos ônibus, nos terminais ou nos pontos de parada, pode acionar a tecnologia pelo aplicativo Meu Ônibus ou pelo WhatsApp (85) 9 3300-7001.
Dados e informações sobre o ocorrido - como número do veículo, local e horário - devem ser, então, fornecidos. Fotos e vídeos podem ser anexados na denúncia pelo WhatsApp
Ao receber o registro, o sistema alerta os órgãos competentes e equipes de videomonitoramento. Elas são acionados para procurar imagens da ocorrência, caso haja. A vítima ou a testemunha recebe por e-mail um documento com todas as informações fornecidas no registro e orientações para atendimento psicossocial e jurídico.
As provas coletadas pela Nina podem ser utilizadas em Boletim de Ocorrência, que deve ser formalizado pela vítima na delegacia para aplicação da Lei da Importunação Sexual, em vigor desde 2018.