O "Grito dos excluídos e das excluídas" voltou às ruas após dois anos, com o lema "Independência para quem?". Na manhã desta quarta-feira (7), o público se concentra na Praça da Lagoa, na Parangaba. Os manifestantes caminham com destino à Paróquia Bom Jesus dos Aflitos, no mesmo bairro.
Há 28 anos, o evento é realizado no Dia da Independência do Brasil. As últimas duas edições, contudo, foram suspensas em razão da pandemia de Covid-19. O ato defende a dignidade do povo, denuncia a violência institucional e pressiona as autoridades por medidas para diversas pautas sociais.
O vendedor Robert Lima Leite, de 33 anos, está na manifestação para defender a diversidade e os direitos da comunidade LBTQIA+, entre outras bandeiras.
“É uma boa visibilidade. Geralmente, a sociedade tem uma visão marginalizada das pessoas excluídas, e não somos. Somos uma turma organizada e estamos aqui na luta para sermos reconhecidas socialmente”, destacou.
O professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal do Ceará (UFC) e presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc-Sindicato), Bruno Rocha, destacou que esse “é um espaço para a independência real do País, que inclui as pessoas” e não o contrário. A entidade cobra recursos para a Educação, área duramente penalizada durante a pandemia de Covid-19.
“A educação está numa situação precária de investimentos. Então, estamos trabalhando sempre na perspectiva de reivindicar os investimentos decentes para educação, ciência e tecnologia. As universidades dependem de orçamento para fazer educação de qualidade”, enfatizou.
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O Grito dos Excluídos é organizado pela Igreja Católica e promovido pelas Pastorais Sociais, Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), além de parcerias com coletivos, entidades, sindicatos e movimentos sociais.