Duas vítimas de acidente com caminhão desgovernado no Crato são enterradas

Terceira vítima do atropelamento, Celso Algesio Ferreira, de 44 anos, deve ser sepultado na manhã deste domingo (19)

Duas das três vítimas fatais do acidente envolvendo um caminhão desgovernado no distrito de Dom Quintino, na zona rural do Crato, na região do Cariri, foram enterradas na tarde deste sábado (18). Elas morreram atropeladas pelo veículo fora de controle na noite de sexta-feira (17).

O sepultamento de Kléber Alves Taveira, de 30 anos, ocorreu em Várzea Alegre, onde ele residia. Já Gildervania Correia de Araújo, conhecida como Maria, de 31 anos, foi enterrada no próprio distrito onde ocorreu acidente, com cortejo pelas ruas. 

Terceira vítima fatal do atropelamento, Celso Algesio Ferreira, de 44 anos, deve ser sepultado na manhã deste domingo (19), na cidade de Farias Brito.

Feridos

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou, por meio de nota, que outras cinco pessoas ficaram feridas no acidente e precisaram ser socorridas para hospitais da região.

O motorista do caminhão, um homem de 46 anos, se apresentou na Delegacia Regional do Crato logo após a ocorrência, chegando a fazer o teste do bafômetro, que não apontou presença de álcool. Em seguida, ele foi liberado.

O caso segue em investigação pela Polícia.

Histórico de acidentes

Em entrevista à TV Verdes Mares Cariri, moradores e comerciantes do distrito de Dom Quintino denunciaram a má qualidade da Rua do Comércio, na continuidade da CE-386, onde que ocorreu o acidente, que é um dos principais acessos para cargas na localidade.

De acordo com eles, vários outros episódios envolvendo perda de controle de veículos ocorreram nos últimos anos. Eles cobram um desvio da área residencial.

Esposo de Gildervania Correia, uma das vítimas fatais do acidente, Joaquim Pereira da Silva cobrou uma providência da gestão municipal. 

"É complicado. Para nós, ela era importante demais. Vamos ver como é que vai ser viver sem ela. Isso aconteceu muitas vezes, precisa de uma providência. A gente perde uma pessoa querida da gente, e não mudam (o trânsito) porque não querem", criticou o homem.

O funcionário público Daniel Pereira da Cunha, que teve o carro comprado há apenas 8 dias totalmente destruído no episódio, também ressaltou a frequência em que acidentes com carros desgovernados ocorrem na região.

"Foi uma noite de terror. A gente vive assustado aqui porque já tinham acontecido alguns episódios desses, de um caminhão sem freio. (Ontem) Eu tive muito medo de encontrar dezenas de pessoas mortas. Imaginei uma tragédia muito maior. Felizmente muitas pessoas viram e correram, umas 10 a 15", relata.

A cuidadora de crianças, Joana Darc da Silva, pediu uma mudança na via: "O desvio é obrigatório aqui. Em 21 de setembro de 2020, teve outro acidente aqui, grave. Aqui passa muito caminhão sem freio. Só assim vai melhorar a situação".