Pela primeira vez neste ano de 2023 o Ceará registrou chuvas em mais de 105 cidades. Os dados, ainda parciais, são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A tendência é de que este número cresça ao longo do dia a medida em que novas cidades informem os índices precipitados.
Entre as 7 horas deste domingo (15) e 7 horas de hoje (16), o município que acumulou o maior volume de chuvas foi Crateús, com 91 milímetros. Em seguida, aparecerem as cidades de Barro (75 mm), Granjeiro (62 mm), Várzea Alegre (62 mm) e Cariús (58 mm).
Com exceção de Crateús e Caríús, que estão situadas no Sertão Central, todas as demais cidades com melhores índices estão no Sul cearense. Na Capital cearense, o dia amanheceu nublado e com pancadas de chuvas. A precipitação parcial acumulada foi de 9,4 milímetros.
Para os próximos dias, a tendência é de continuidade dos bons volumes, conforme prevê a Funceme. Na terça e quarta-feira o órgão cearense projeta possibilidade de chuva em todas as oito macrorregiões do Estado. Caso essa previsão se confirme, as precipitações podem contribuir para elevar o acumulado mensal que, atualmente, está discreto.
Abaixo da média
A média histórica para o mês de janeiro é de 98,7 milímetros. Conforme levantamento do Diário do Nordeste, entre os dias 1º a 15 de janeiro, choveu o acumulado de apenas 16 mm, o que significa somente 17% do volume esperado para todo o mês.
Para que a normal climatológica, neste mês, seja alcançada, será preciso bons e regulares volumes ao longo da quinzena final do mês. No ano passado, a média em janeiro foi superada em quase 66%. Naquele mês, a Funceme registrou o acumulado de 163,7 milímetros. Ao longo de todo 2022, apenas os meses de fevereiro e setembro fecharam abaixo da média.
Açudes
As chuvas deste início de ano, ainda que tímidas, já contribuíram para que o primeiro açude cearense pudesse sangrar. O Germinal, reservatório da cidade de Palmácia, atingiu sua cota máxima no dia 6 de janeiro. O açude tem capacidade total de armazenamento de água de 2,1 milhões de metros³.
No passado, o primeiro açude a sangrar foi o Barragem do Batalhão, na cidade de Crateús. Conforme levantamento realizado pelo Diário do Nordeste, com base em dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o reservatório atingiu sua cota máxima no dia 8 de janeiro.
Outros três reservatórios estão na iminência de sangrarem: Caldeirões, em Saboeiro; Rosário, em Lavras da Mangabeira e, o Aracoiaba; estão com volume acima dos 90% e podem verter nos próximos dias.