O Ceará conseguiu atingir uma expressiva marca nesta quadra chuvosa. Mesmo ainda restando seis dias para o fim do período, os índices pluviométricos conquistados já superam a média histórica.
A normal climatológica para os meses de fevereiro a maio é de 600.7 milímetros e, até agora, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) já contabiliza o acumulado de 608.4 mm. Estes números, levantados pela reportagem do Diário do Nordeste, são parciais e podem sofrer atualização até o fim da quadra chuvosa.
Nos últimos dez anos, apenas três vezes este índice foi rompido. Em 2020, o Estado fechou o período com chuvas 21% acima da média. Naquele ano, a Funceme anotou o acumulado de 727.4 milímetros, se tornando, inclusive, o mais chuvoso dos últimos dez anos.
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2022 - 608.4 mm, 1,3% acima da média
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2021 - 531.9 mm, 11.4% abaixo da média
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2020 - 727.4 mm, 21.1% acima da média
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2019 - 671.9 mm ,11.9% acima da média
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2018 - 598.2 mm, 0.4% abaixo da média
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2017 - 536.8 mm,10.6% abaixo da média
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2016 - 317.4 mm, 47.2% abaixo da média
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2015 - 415.5 mm, 30.8% abaixo da média
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2014 - 449.7 mm, 25.1% abaixo da média
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2013 - 363.6 mm, 39.5% abaixo da média
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2012 - 291.2 mm, 51.5% abaixo da média
Em 2019, a média histórica da quadra também foi superada, ficando 11% além da normal climatológica, com 671.9 mm de chuvas acumulada. Agora, em 2022, o índice, até o momento, está 1.3% acima da média histórica com tendência de crescimento com as chuvas a serem contabilizadas até o fim deste mês.
O volume acumulado nesta quadra chuvosa já é superior ao índice somado em 8 dos últimos dez anos, ficando atrás apenas do registro pluviométrico de 2020 e 2019.
Litoral de Fortaleza
Das 8 macrorregiões do Estado, apenas três não conquistaram volume pluviométrico acima da média histórica: Litoral Norte, Ibiapaba, Sertão Central e Inhamuns. Já na ponta oposta, está a macrorregião do Litoral de Fortaleza.
Ela foi a que registrou o maior volume acumulado nesta quadra chuvosa, com 1.075,8 milímetros, o que representa 35% acima da normal climatológica.
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LITORAL DE FORTALEZA - média: 796.7 mm / acumulado: 1.075,8 mm / vairação positiva: 35%
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MACIÇO DE BATURITE - média: 685.4 mm / acumulado: 887.1 mm / vairação positiva: 29.4%
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CARIRI - média: 616.6 mm / acumulado: 728.5 mm / vairação positiva: 18.1%
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LITORAL DE PECEM - média: 676.3 mm / acumulado: 763.2 mm / vairação positiva: 12.9%
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JAGUARIBANA - média: 580.2 mm / acumulado: 609.4 mm / vairação positiva: 5.1%
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LITORAL NORTE - média: 778.3 mm / acumulado: 765.9 mm / vairação negativa: 1.6%
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IBIAPABA - média: 672.2 mm / acumulado: 632.1 mm / vairação negativa: 6%
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SERTAO CENTRAL E INHAMUNS - média: 497.1 mm / acumulado: 438.5 mm / vairação negativa: 11.8%
A macrorregião do Maciço de Baturité vem logo atrás, com o segundo maior acumulado do Estado. Entre fevereiro a maio, a Funceme registrou 887.1 milímetros, isto é, 29,4% acima da média pluviométrica (685.4 mm).
Previsão se confirma
No início do ano, cultura popular e ciência convergiram quando se posicionaram sobre a alta possibilidade de as chuvas ficarem dentro ou acima da média. Os "Profetas da Chuva", em janeiro, disseram que a tendência era de que a quadra chuvosa fosse volumosa.
Meteorologistas da Funceme previram, também em janeiro, que o Estado tinha apenas 20% de chances de as precipitações ficarem abaixo da média. Com os números acima da normal climatológica já consolidados, 2022 caminha, agora, para superar, também, a média anual.
Nestes cinco primeiros meses do ano, o Ceará acumula 772 milímetros, restando apenas 3,6% para superar a média histórica anual, que é de 800,6 mm.