O Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) vai duplicar as vagas de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) pediátricas no próximo mês de março, elevando de 8 para 16 o número de leitos. As informações foram repassadas em coletiva realizada pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), nesta sexta-feira (10).
Além disso, a unidade vai aprimorar 50 pontos de cuidados no Hias, ou seja, melhorar e fortalecer esses locais para atendimento de maior complexidade, mas que não demanda UTI. Nesses espaços, as crianças ficam em assistência sendo acompanhadas por equipe multiprofissional.
Isso acontece devido ao aumento de síndromes gripais previsto na quadra chuvosa no Estado. Nesse período, a incidência de síndromes respiratórias aumenta e as crianças fazem parte de um dos principais grupos afetados e por isso foi lançado um plano de contigência.
Conforme o novo plano, o Hospital Infantil Filantrópico (Sopai) e o Hias vão ter leitos de retaguarda, sendo que as cirurgias de média complexidade ficam no Albert Sabin. As estruturas municipais são acompanhadas pela Sesa para o reforço no atendimento.
De acordo com o plano, se houver demanda, também será realizado um reforço do quadro de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas.
Mas para evitar a superlotação da unidade também será feita uma triagem do estado de saúde dos pacientes.
Onde procurar ajuda médica
Os pacientes serão avaliados pelo grau de risco, e os de menor gravidade serão encaminhados a serviços básicos mais próximos do Hospital, em 3 postos de saúde, quando o Hias ultrapassar o limite de atendimento na emergência.
Isso porque muitas famílias acabam buscando o Hias para casos mais simples, o que prejudica o atendimento de pacientes em situação grave, como explica Joana Gurgel, secretária executiva de Atenção à Saúde e Desenvolvimento Regional.
"A gente já observa um aumento do volume de pacientes entrando nas emergências, o que denota que pessoas com grau leve a moderado estão indo para porta de hospital de nível terciário”, completa.
Nesse momento, que a gente ainda está com doenças virais, gripes e resfriados, os pais devem encaminhar primeiro as crianças para unidades básicas de saúde. Casos moderados são com a UPA (Unidade de Pronto Atendimento)
A secretária executiva frisa que as crianças com quadros leves precisam ser levadas aos postos de saúde e “só devem vir ao hospital em casos severos ou encaminhados por médicos" para evitar prejuízos no atendimento.