Adolescentes de 40 cidades cearenses participaram, na última semana, em Fortaleza, de um festival que debateu boas práticas de participação social protagonizadas por jovens de municípios do Selo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Foi um dos 17 encontros realizados pela entidade no Nordeste e na Amazônia.
A proposta dos festivais é reconhecer o engajamento dos Núcleos de Cidadania de Adolescentes (NUCAs) em temáticas como mudanças climáticas, enfrentamento ao racismo e outras violências, empoderamento de meninas, igualdade de gênero e prevenção à gravidez na adolescência.
“Nesse ano, os adolescentes realizaram mais de 500 atividades no local onde vivem, nos municípios. E esse momento de festival é quando eles vão trazer as experiências que vivenciaram nas atividades para partilhar com outros municípios”, diz Nilson Silva, integrante do escritório do Unicef em Fortaleza e coordenador da ação.
Segundo ele, o ideal é que os adolescentes permaneçam mobilizados durante o ano de 2025, realizando as atividades nos municípios, “para enfrentar esse tema que é tão importante para o Ceará e para o mundo: as mudanças climáticas”.
A programação foi dividida em três estações temáticas, onde os adolescentes se revezaram ao longo do dia:
- Racismo ambiental e mudanças climáticas
- Impactos das mudanças climáticas na saúde mental de adolescentes
- Impactos das mudanças climáticas em uma alimentação saudável
Redes de adolescentes fortalecidas
Como parte desta edição do Selo UNICEF, mais de 1.600 municípios brasileiros criaram NUCAs, reunindo cerca de 54 mil adolescentes em grupos estimulados a participar de debates e decisões municipais.
Os Festivais dos NUCAs fazem parte da agenda do Selo UNICEF 2021-2024. Em Fortaleza, a ação é liderada pela Associação para o Desenvolvimento dos Municípios do Estado do Ceará (APDMCE), responsável pela implementação do programa no Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.
O que é o Selo Unicef?
O Selo Unicef é uma das principais iniciativas para fortalecer as políticas públicas municipais voltadas para crianças e adolescentes. Ao aderir ao modelo de forma espontânea, os gestores assumem o compromisso de manter uma agenda direcionada à infância e à adolescência como prioridade.
A metodologia inclui o monitoramento de indicadores sociais e a implementação de ações que ajudem o município a cumprir a Convenção sobre os Direitos da Criança, que no Brasil é refletida no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).