WhatsApp impulsiona novos empresários

O aplicativo deixou de ser apenas uma ferramenta de bate papo para virar um instrumento de negócios

Escrito por Redação ,

A popularização dos aplicativos de mensagens instantâneas tem permitido que muitos usuários resolvam diversas demandas do dia a dia através das ferramentas. A facilidade de comunicação aproximou relações, encurtou distâncias e está criando um novo meio para o comércio. Através desses dispositivos, lojas e empreendedores individuais estão fechando acordos e vendendo os mais diversos produtos.

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> Ferramenta ajuda a aproximar os clientes das lojas

O WhatsApp, o mais popular desses aplicativos com mais de 700 milhões de usuários ativos pelo mundo, é também o mais utilizado para vender itens. A ferramenta tem otimizado o trabalho de diversos segmentos e, por precisar apenas de dados de internet, acaba por propiciar economias com ligações e deslocamentos. Por sua ampla abrangência, desde os novos empreendedores até as grandes lojas estão aderindo à modalidade e oferecem serviços como agendar hora de atendimento, orçamentos e definição de valores.

Os empreendedores que investem neste tipo de venda afirmam que a comunicação com o cliente é um dos pontos diferenciais desse comércio. A relação mais próxima permite entender melhor os gostos do consumidor e o contato mais instantâneo e disponível quase 24 horas por dia dá mais credibilidade aos negócios.

O professor de Economia da Universidade de Fortaleza (Unifor), Mario Monteiro, explica que essa modalidade de venda tem impacto significativo, mas ainda é cedo para mensurar números. “Não existe um mecanismo para medir o volume de transações”, esclarece. Segundo o docente, a internet, como um todo, é utilizada pelos empreendedores para captar novos consumidores e as redes sociais têm papel importante na divulgação dos produtos.

Muito dos empresários que utilizam o WhatsApp para transações comerciais afirmam que as redes sociais são importantes aliadas, pois, muitas vezes, são a porta de entrada para o consumo. O Instagram, por exemplo, é uma das ferramentas mais exploradas por esses empreendedores que recorrem a ela para divulgar imagens dos produtos, fazer promoções e disponibilizar o número de telefone para que os clientes possam fazer os primeiros contatos e até fechar a compra sem precisar se deslocar até uma loja.

A publicitária Marcela Pontes é uma consumidora que vem utilizando esses serviços e o produto que mais adquiri é biquíni. Ela conta que a praticidade da compra e os preços são os principais motivos que a levam a negociar pelo WhatsApp e, muitas vezes, os contatos dos revendedores são descobertos através do Instagram. “Eu costumo negociar por ele [WhatsApp]. Eu deixo o recado e sempre tenho um feedback, dependendo dele, eu realizo a compra”, explica.

Esse comércio realizado através de dispositivos móveis, tanto smartphone quanto tablet, representou, em 2014, 9,7% de todas as transações realizadas pela internet no Brasil. Os dados são da E-bit que mostram também que o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 35,8 bilhões em 2014, representando um crescimento nominal de 24%, já que em 2013 o resultado foi de R$ 28,8 bilhões.

As categorias, de acordo com E-bit, que mais geraram pedidos através de dispositivos móveis foram as de cosméticos e perfumaria/cuidados pessoais/saúde (16,2%), seguida por moda e acessórios (14,4%), eletrodomésticos (11,5%), casa e decoração (7,8%) e livros/assinaturas e revistas (7,7%).

Nayana Siebra
Repórter

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