Inteligência artificial para empoderar cliente

Durante a 28ª edição do Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras (CIAB Febraban), várias empresas apresentaram soluções tecnológicas para o setor bancário, mas a maioria delas girava no mesmo espectro: melhorar atendimento do cliente através de inteligência artificial ou pela análise de dados personalizados. Desde monitoramento e identificação facial por imagem até aplicativos que possibilitam um maior controle do usuário de forma pessoal e de fácil acesso, passando por segurança digital e possibilidades biométricas, tanto física quanto de comportamento.

Leia ainda: 

Uma das soluções apresentadas na feira, tanto pela Logicalis quanto pela Microsoft, com algumas diferenças específicas para a plataforma de cada empresa, tratava do reconhecimento facial dos clientes, podendo ser aplicado de diversas maneiras em pontos de venda ou em agências bancárias.

De acordo com Fábio Hashimoto, diretor de tecnologia da Logicalis, a ferramenta pode ser aplicada para otimizar a logística de uma agência pela relação das imagens com as informações bancárias de um cliente.

"É possível ter o reconhecimento do cliente, com o cadastro de informações consentido, para que quando ele chegue na agência você tenha um atendimento diferenciado. O sistema ainda poderia puxar informações de transações passadas ou processos incompletos no banco para que o gerente possa dar seguimento", disse Hashimoto.

Na palma da mão

Já a Ondot System, fintech americana de San Francisco, apresentou um aplicativo cujo objetivo é empoderar o cliente sobre a utilização e proteção do uso do cartão de crédito, de uma forma completamente individual. Segundo Gary Singh, vice-presidente da Ondot, a ferramenta oferece soluções inéditas no mercado financeiro brasileiro, ao deixar na mão do usuário todo o controle do uso de um cartão, podendo selecionar até o tipo de compras em que ele pode ser usado. "Se você viajar para outro país, pode impedir, pelo aplicativo, qualquer transação no Brasil, caso seu cartão tenha sido clonado, e isso poupa muito tempo, em vez de ter de explicar a situação para o banco. O usuário também pode escolher permitir compras online ou não, ou, se o site não for confiável, criar um código específico para que só seja possível fazer uma compra ali", explica Singh.

"Eu poderia dar todos os números do meu cartão para alguém e essa pessoa não poderia fazer compra alguma, até mesmo na internet, quando não se precisa de senha, porque todo esse controle fica com o usuário, não apenas com o banco", completou o diretor.

Iniciando atividades no mercado brasileiro no último dia 11 de junho, a Ondot aguarda apenas as negociações com as instituições financeiras locais para que o aplicativo possa ser integrado às ferramentas já em uso no Brasil.

Análise comportamental

Já a Unisys apresentou duas soluções de segurança digital baseadas na aplicação da análise de dados e biometria comportamental para, por exemplo, identificar clientes, autenticar acessos ou até mesmo validar transações bancárias.

Uma das soluções consiste em uma plataforma, disruptiva e integrada, para bancos digitais, que usa recursos integrados de biometria adaptável e análise de dados para identificar clientes. O outro produto garante proteção por meio de segmentação em empresas, protegendo dados, aplicações e sistemas contra ameaças digitais.