Viúva de Gal Costa, Wilma Petrillo disse, em entrevista publicada nesta quinta-feira (11) pelo jornal O Globo, que não cuidava da vida financeira da cantora, e apenas vendia os shows. Segundo ela, Gal não sabia administrar o patrimônio, deixando uma herança modesta e uma dívida milionária.
"Ela deixou uma casa no Jardim Europa e dois carros, uma BMW e um Toyota Corolla. Quando conheci Gal, ela tinha um sítio em Petrópolis, quatro salas comerciais no Leblon, uma cobertura em São Conrado e o apartamento da mãe dela, no Rio", contou.
"Gal não sabia administrar, fazia péssimos investimentos. A casa do Morro da Paciência, em Salvador, foi uma aquisição lamentável. Pagou um preço absurdo por uma casa sem fundação. A reforma levou dois anos. Ela pedia empréstimo no banco para comprar essas casas, mas empréstimo de banco é impagável. Então depois vendia as casas para pagar o banco", detalhou.
Wilma disse ainda que o levantamento das dívidas da cantora continua em andamento, mas que o montante inclui débitos de IPVA, imposto de renda e IPTU, este chegando a R$ 1 milhão.
A viúva também nega que a relação com a companheira fosse tóxica e que a xingasse. "As pessoas que me acusam de querer aparecer querem alguém para culpar. Sou uma pessoa bem educada. Não trato mal nem as pessoas de quem não gosto. Gal era a pessoa mais importante do mundo para mim. Quando eu tive câncer, ela me apoiou, ficou no hospital comigo, chorava mais que eu. Por que eu iria machucá-la, chamá-la de burra? Ela tinha uma intuição incrível. Velha e gorda? Isso eu também estou".
Disputa com filho de Gal
Wilma Petrillo trava, atualmente, uma disputa judicial com o filho da cantora, o estudante Gabriel Costa Penna Burgos, de 18 anos. Ele entrou na justiça para reivindicar a herança deixada para Petrillo, contestando que ela e Gal tivessem uma união estável.
Ainda na entrevista ao O Globo, a viúva disse Gabriel é dominado pela namorada, que seria 30 anos mais velha que ele e mãe de uma ex-namorada do estudante.
"Eu amava muito a Gal e sei que ela me amava muito também. Todo mundo sabia que éramos esposas. Todo ano Gal e eu trocávamos alianças. Nós nos chamávamos de Tunca. Era Pituca, virou Tuca e depois Tunca. Até pensamos em casar oficialmente, mas a preguiça foi maior", afirmou.