'Thor: Amor e Trovão' exagera no humor, mas atuações salvam e protagonistas entregam bom filme

O quarto filme do Deus do Trovão, dirigido por Taika Waititi, é um dos mais curtos do Universo da Marvel

O filme 'Thor: Amor e Trovão' vai estrear nos cinemas de todo o mundo na próxima quinta-feira (7) e já cerca de expectativa todos os fãs do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU).

Quarto filme do Deus do Trovão, o longa repete a fórmula do terceiro - Thor: Ragnarok - ao apostar no contraste de cores e luzes, o que funciona muito bem. O roteiro desta vez passa do ponto com o humor exagerado, o que pode cansar os espectadores em alguns momentos, apesar de se tratar de um dos filmes mais curtos do Universo da Marvel, com 1 hora e 50 minutos de duração.

A mudança de tom entre os primeiros filmes da franquia - Thor I e Thor: Mundo Sombrio - e os dois últimos foi um dos grandes acertos do diretor Taika Waititi, que assumiu a saga a partir de Thor: Ragnarok e apostou em produções mais humoradas, em detrimento da seriedade presente nos anteriores.

Assim, mesmo pecando um pouco pelo excesso nas piadas, os filmes mais recentes são bem mais cativantes do que os iniciais e consolidaram Thor como um dos principais heróis da Marvel.

Atuações em destaque

Chris Hemsworth segue muito bem no papel de Thor e consegue entregar para o público bastante veracidade durante um carrossel de emoções que o personagem vive no decorrer do longa.

O principal destaque, porém, vai para a volta de Natalie Portman como a Dra. Jane Foster, que reaparece na saga assumindo o papel da Poderosa Thor, destacando-se para além de ser apenas par romântico do protagonista.

Outro ponto alto é a atuação do já consagrado Christian Bale, que deu vida ao vilão do longa, Gorr: o Carniceiro dos Deuses. Em mais um personagem que exigiu certa transformação corporal, Bale conseguiu dar ao antagonista o tom macabro e traumatizado que o papel exigia.

A quantidade de personagens, porém, trai mais uma vez o roteiro, o que é recorrente nos filmes da Marvel. Vários deles que estão presentes deveriam ter mais destaque. Exemplo disso é Valquíria (Tessa Thompson) uma das xodós dos fãs.

Mesmo tendo um bom tempo de tela, a personagem não tem muito protagonismo, apesar de seguir bem carismática. Sem falar, claro, nos Guardiões da Galáxia, um dos grupos de heróis mais aclamados pelos espectadores, que até aparecem, mas mereciam bem mais.

Por ser mais curto, o filme conta com alguns problemas de ritmo no começo, onde os fatos são narrados com muita rapidez. Depois dos minutos iniciais, porém, a trama se desenrola sem maiores problemas, tornando o longa fácil de ser compreendido.

Além disso, trata-se de um filme bem autoexplicativo. Ou seja: uma pessoa que nunca assistiu às produções anteriores do Deus do Trovão consegue ver e entender bem o enredo.

Daqui para frente

A condução da história abre espaço para novos - e jovens - personagens, que certamente terão importância para a continuação do MCU, e foram introduzidos de forma bem natural. Mesmo assim, fica claro que a contribuição de Thor para o universo ainda está longe de chegar ao fim

E para aqueles que já estão cansados das cenas pós-crédito da Marvel, fica o recado: dessa vez, vale muito a pena esperar. As duas trazem conteúdos bem relevantes, explicam fatos que ficaram indefinidos no filme e dão pistas sobre a continuação do universo.