Que Nem Tu: Eduardo Porto conta os bastidores do Indo e Voltando

O produtor de conteúdo ressalta que o o podcast cearense alcançou sucesso entre uma grande comunidade que queria ouvir sotaque diferentes e muita gaiatice

Eduardo Porto é criativo, bem-humorado e não abre mão de frescar com o povo. Resolveu levar as gaiatices de um grupo de amigos para as plataformas de podcast e - ao lado de Lyara Vidal e Camila Soares- fez do Indo e Voltando um território de memória afetiva e cearensidade. O produtor de conteúdo é o entrevistado desta quinta-feira, 4, do 'Que Nem Tu', podcast do Diário do Nordeste.

O Indo e Voltando surgiu em fevereiro de 2019 depois que os três criaram uma página no Facebook para fazer graça com a política cearense. "O Ceará Que Deu Certo" deu lugar ao podcast que já nos primeiros meses ganhou o coração de muitos ouvintes. O segredo? Eduardo aponta dois: a química entre os apresentadores e a identidade legítima do cearense.

 "A gente é cearense e, no começo, a gente dizia que era um podcast de memória afetiva e cearensidade. No final das contas a gente não quer forçar o que não é. Toda molecagem que a gente faz é nossa. Não precisa forçar bordão, palavrão, uma dita culturalidade que não é nosso objetivo. Esse tipo de crítica a gente sempre foi muito atento. E essa química entre nós três é o que deu muito certo", justifica.

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Como quem faz uma roda de amigos e se diverte pra valer, eles criaram uma comunidade super engajada. Os apoiadores levam as piadas e discussões para outras redes sociais e tem quem até hoje use o nome e expressões cunhadas pelo trio durante episódios. Quem nunca ouviu o termo "sotaque da Aldeota" e "lázaro"? Eduardo até explica como que alguns termos viralizaram.

Com um público formado por cearenses, gente do Nordeste e até fora do país, o Indo e Voltando é um pedacinho afetivo do Ceará para quem tem saudade, orgulho ou apenas ama ouvir um sotaque diferente e uma "frescura" boa. 

"Cansei de ouvir sotaque paulista. E aí indicam a gente, o Budejo, o Chá (com Rapadura). E isso faz diferença.  Muitas pessoas botam a gente na playlist porque tem uma quebra do que já é feito. Uma das coisas que mais me surpreende é o número de pessoas de fora do Nordeste que escuta o podcast. Tem gente que mora fora e diz que é bom ouvir o sotaque. Mas é bom ouvir gente dizendo que não entende o que a gente fala mas gosta".

Podcast exclusivo do Spotify, o Indo Voltando ganhou ainda mais visibilidade, condições técnicas de entregas mais qualificadas e também orientação e estratégias para alavancar ainda mais audiência. Foi com o convite que Eduardo percebeu que eles tinham chegado lá. "Chegou um momento que alguma plataforma ia chegar na gente. E outras plataformas chegaram. Aí eu entendi que a gente tava sendo valorizado".

Essas e outras muitas histórias de bastidores do Indo e Voltando você escuta no episódio do Que Nem Tu.