O poeta Armando Freitas Filho, um dos maiores escritores da literatura brasileira, morreu aos 84 anos. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (26) pela Companhia das Letras, editora que publicará em breve "Respiro", último livro do autor.
Armando nasceu no Rio de Janeiro em 1940. "Palavra", seu primeiro livro, foi publicado em 1963. Em 1985, recebeu um Prêmio Jabuti pela obra '3x4'. Também foi vencedor do Prêmio Rio de Literatura, do APCA e do Alphonsus Guimarães, da Biblioteca Nacional.
Dentre as publicações mais importantes do poeta, estão "À Mão Livre" (1979), 'Rol' (1985), "Fio Terra" (2000), "Raro Mar" (2006), "Dever" (2013) e "Arremate" (2020). Em 2003, teve sua obra em poesia reunida na coletânea "Máquina de Escrever", quando completou 40 anos de carreira.
O poeta revelou que tinha como inspirações os artistas Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, colegas que conheceu na década de 1960, depois da publicação de seu livro de estreia.
"Sou um dos poucos que ainda restam que tiveram convívio com ele e essa é uma coisa que me dá até um pouco de aflição", afirmou Armando ao Estadão em 2012. "A influência dele era marcante não somente com o que ele escrevia, mas com o que ele falava", disse.
A poeta Alice Sant’Anna, editora de Freitas Filho na Companhia das Letras, lamentou a morte do escrito em publicação no Instagram. "Armando era um dos maiores poetas brasileiros em atividade. Sua poesia fala sobre o amor, a morte, a casa, o ofício de escrever, o Rio de Janeiro. Seu legado é gigantesco e continua vivo em cada poema seu", escreveu.