Corpo, arte, movimento. Está chegando a oitava edição da Bienal Internacional de Dança de Par em Par, o maior e mais importante evento dedicado ao segmento no Estado. Sempre com a proposta de ofertar apresentações gratuitas ao público, neste ano não poderia ser diferente. Os espetáculos percorrerão Fortaleza, Paracuru, Juazeiro do Norte e Itapipoca até o dia 29 de outubro.
A solenidade de abertura acontece no Cineteatro São Luiz nesta sexta-feira (21), às 19h. Na ocasião, homenagens a personalidades da cultura – o bailarino piauiense Marcelo Evelin e a gestora cultural cearense Luisa Cela – e apresentações da Cia. de Dança Mainara Albuquerque e São Paulo Companhia de Dança. Os convites também dão acesso à festa no Dragão do Mar, com Coletivo Tertúlia e Karina Buhr e Régis Damasceno.
A proposta é que a Bienal ocupe espaços diversos. Além do São Luiz, estão no rol de equipamentos o Theatro José de Alencar, Centro Cultural Porto Dragão, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), além da Vila das Artes e casa de Silvia Moura, em Fortaleza.
O Teatro David Linhares, no Centro Cultural Companhia de Dança e Praça da Matriz, em Paracuru; o Teatro Patativa do Assaré, no SESC, e a Associação Dança Cariri, em Juazeiro do Norte; e o Teatro Alternativo de Itapipoca e Galpão da Cena, em Itapipoca, igualmente compõem a grade.
No total, serão 35 espetáculos diferentes e cerca de 40 apresentações, além de oficinas , palestras, residências e masterclasses. Em Fortaleza, por exemplo, acontecerão de três a quatro montagens por dia, a partir das 16 horas.
Memória, ancestralidade, acessibilidade
Companhias e artistas de origens distintas e travessias particulares farão da Bienal de Dança deste ano uma verdadeira ode à ancestralidade e à memória. Em foco, o desejo de potencializar a força e a pluralidade de variadas visões de mundo, arte e sociedade.
Trabalhado pelo evento desde 2015, o eixo Plataforma de Acessibilidade acrescenta mais uma camada nessa atmosfera de ressonâncias. Ele contempla ações de formação e difusão, realizando atividades como o 5º Seminário Dança e Acessibilidade. Em palestras e rodas de conversa, serão debatidas não só as demandas da pessoa com deficiência, como também questões de raça, gênero e corpos dissidentes.
Na Plataforma, ainda serão exibidos vídeos em formato acessível que exploram a diversidade como outros modos do pensar a gestualidade, além da realização de uma oficina de conscientização para profissionais da cultura. A programação acontecerá de 25 a 29, sempre às 16 horas, no Cinema do Dragão.
Ainda com relação às formações ao longo da edição, recebem destaque os projetos "Impermanência", com Thembi Rosa, Margaret de Assis, Myriam Gourfink e Joséphine Derobe, de 26 a 29, no Centro Dragão do Mar, e "Parquear", conduzido por Thembi Rosa e Margo Assis, de 27 a 29 na Vila das Artes.
O espanhol Alex Pachón conduz a Residência “Corpos mediados - Laboratório de coreo-cinema”, de 18 a 28 de outubro no CCBJ. Os participantes desta ação, já inscritos, recebem uma bolsa no valor de R$450, financiada pelo Fundo Estadual de Combate à Pobreza.
Diferentes praças
Em Paracuru, a programação acontece de 21 a 23, tendo como principais vetores “Crocodilo embaixo da cama" e “Força fluida”, espetáculos da Companhia de Danças de Diadema. Além disso, a bailarina e coreógrafa Ana Bottosso, diretora da companhia, conduz uma masterclass destinada aos alunos da Escola Pública de Dança do município. Também se apresentam na cidade a Paracuru Cia de Dança e a coreógrafa Clarissa Costa.
Em Juazeiro do Norte, por sua vez, o evento ocorrerá contemplando de 26 a 28 com espetáculos, oficina e residência artística. Valéria Pinheiro conduzirá a residência "Guerreiras de Santa Madalena – A força da mulher no brinquedo popular". Já a Cia Inspire e Cia Alysson Amancio estarão juntas em “Não é proibido pisar na grama”, ao passo que Pol Pi, brasileiro radicado na França, fará apresentações de “Ecce (H)omo”.
Em Itapipoca, de 26 a 28, a Taanteatro Companhia apresenta “Mensagens de Moçambique”. O número tematiza a luta pela soberania e autorrealização face à herança colonial portuguesa em um país africano. Com direção de Wolfgang Pannek e direção coreográfica de Maura Baiocchi, a obra foi criada por ocasião da ARTT 2018 (Art Residence Taanteatro). No dia 27, em Itapipoca, Jorge Ndlozy conduz pela manhã uma oficina destinada aos bailarinos profissionais da cidade, na Associação de Artes Cênicas de Itapipoca.
Serviço
VIII Bienal Internacional de Dança do Ceará – De Par em Par
De 21 a 29 de outubro de 2022, com programação em Fortaleza, Paracuru, Juazeiro do Norte e Itapipoca. Toda a programação da bienal é gratuita, aberta ao público, com espaços sujeitos a lotação. Para as apresentações em Fortaleza, os tíquetes (gratuitos) devem ser retirados no site Sympla. O acesso à programação de abertura é para convidados. A programação completa pode ser consultada no site do evento