Gigante do mercado tecnológico, a empresa holandesa Philips informou, nesta segunda-feira (30), que cortará 6 mil pessoas do seu quadro de funcionários, em todo o mundo. A demissão em massa vem à tona após o desligamento de outros 4 mil trabalhadores, em outubro do ano passado.
Conforme relatado no comunicado, a decisão foi motivada por uma série de respiradores com defeito de fabricação, que precisaram retornar à fábrica, causando um grande prejuízo ao empreendimento.
“O ano de 2022 foi muito difícil para a Philips e nossos acionistas. Estamos tomando medidas firmes para melhorar nossa eficácia e a aumentar o rendimento com urgência", afirmou Roy Jakobs, diretor executivo da empresa. O CEO ainda contou que a redução deverá ocorrer até 2025.
No quarto trimestre do ano passado, a Philips anunciou perdas líquidas de 105 milhões de euros, o que equivale à quase R$ 600 milhões. Ao todo, somente em 2022, a empresa perdeu aproximadamente 1,6 bilhão de euros.
Apontados como os grandes motivos da crise, os aparelhos defeituosos tiveram que ser recolhidos em 2021, devido ao seus potenciais efeitos tóxicos e cancerígenos, caso os pacientes inalassem algum pedaço da espuma de som dos dispositivos, que poderiam se desgastar e soltar fragmentos.
Atualmente, a empresa responde à uma série de ações judiciais relacionadas aos respiradores, nos Estados Unidos.