A Meta admite que usa posts públicos de suas redes sociais Facebook e Instagram para treinar seu novo modelo de linguagem, o Emu. Entretanto, a empresa garantiu que excluiu conteúdos privados que foram compartilhados apenas com amigos e famílias para “respeitar a privacidade do consumidor”. A informação foi confirmada por Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta, em entrevista à Reuters nesta quarta-feira (4).
Clegg garantiu que a empresa está se esforçando para não usar dados privados no treinamento de sua IA. “Nós tentamos excluir datasets que tenham altos níveis de informações pessoais”, afirmou o presidente, acrescentando que a empresa não usou sites terceiros para treinar sua IA.
A Meta abriu seu assistente virtual ao público na semana passada, ainda em uma versão Beta. O Meta AI tem como objetivo ajudar os usuários a criar seus próprios adesivos digitais com base em instruções de texto, além de editar fotos e conversar com personalidades de inteligência artificial.
A empresa começou a testar as ferramentas de IA em maio, dando acesso a um seleto grupo de anunciantes em um “playground de testes”. As ferramentas estarão disponíveis no Ads Manager da Meta e seu lançamento será concluído no próximo ano.
A grande disputa legal dos modelos de linguagem ainda é o uso de material protegido por direitos autorais. Nick Clegg afirmou, ainda, que a Meta impôs restrições de segurança quanto à criação de imagens realistas de figuras públicas.
A big-tech já se envolveu em problemas legais por causa da regulamentação que proíbe a violação da propriedade intelectual. Em julho, por exemplo, a comediante Sarah Silverman e um grupo de escritores americanos processaram a empresa e a OpenAI — criadora do ChatGPT — por terem supostamente usado seu material para treinar suas ferramentas de IA sem autorização.