Os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró foram "abandonados" pela rede de proteção do crime organizado, apontam investigadores. As informações são do G1.
Conforme o monitoramento da força-tarefa que faz as buscas há 18 dias, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça estão sem apoio há uma semana. Eles fugiram da penitenciária de segurança máxima no dia 14 de fevereiro, sendo essa a primeira fuga registrada no sistema prisional federal, criado em 2006.
Os homens foram vistos por agricultores em uma plantação na área rural da cidade de Baraúna (RN) na tarde da última quinta (29). Eles estariam com dificuldade para sair da localidade, onde estão sendo feitas as buscas.
Em vez de estarem caminhando rumo à divisa com o Ceará, eles teriam voltado para uma área mais próxima à cidade de Mossoró e do presídio de onde escaparam.
Ajuda de outras pessoas
Segundo investigadores, as recentes prisões de pessoas que ajudaram os fugitivos prejudicaram a estratégia do crime organizado de ajudar os dois a deixarem o Rio Grande do Norte. Pelo menos cinco pessoas foram presas suspeitas de terem auxiliado os presos.
Além de estarem sem apoio, Deibson e Rogério estariam sem aparelho celular e um deles estaria machucado e mancando, disse uma testemunha à polícia na última quinta (29). O que tem dificultado as buscas, porém, são as fortes chuvas que caem na região.
Operação em busca dos fugitivos chega ao 18º dia
Neste sábado, as buscas aos dois fugitivos entraram no 18º dia e se concentraram nas áreas rurais entre as cidades de Mossoró e Baraúna. A operação envolve mais de 600 agentes das forças de segurança da Força Nacional, estadua e federal. Homens da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal também estão na força-tarefa. Helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos tecnológicos sofisticados estão sendo utilizados na captura de Deibson e Rogério.