Fugitivos de Mossoró: PF investiga se dinheiro enviado a dono de sítio foi repassado para presos

Deibson Nascimento e Rogério Mendonça estão foragidos há 13 dias

A Polícia Federal (PF) investiga se Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, fugitivos do presídio federal de Mossoró (RN), estão recebendo dinheiro de integrantes de uma facção criminosa carioca, que tem forte atuação nas regiões Norte e Nordeste. Os investigadores descobriram que o mecânico Ronaildo Fernandes teria recebido R$ 5 mil em sua conta para repassar aos foragidos. As informações são do jornal O Globo

Nesta segunda-feira (26), a PF chegou a informar que Ronaildo teria recebido o dinheiro dos próprios fugitivos, em troca de abrigo. O dono do sítio onde os criminosos ficaram por oito dias foi preso sob a suspeita de ter colaborado com a dupla. Ele mora em uma chácara na zona rural de Baraúna, próximo à divisa entre os estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. 

Fernandes disse em depoimento que recebeu o dinheiro na sua conta e usou uma parte para comprar alimentos para os fugitivos, como carne de lata e iogurte. Ele entregou o restante do montante em espécie na mão dos presos, que prosseguiram com a fuga. A PF agora está atrás do autor da transferência bancária.

O mecânico declarou aos policiais que repassou o dinheiro sob ameaças. "A todo tempo eles falavam que o meu cliente estava sendo monitorado e 'olhado' pela facção. Que, se ele não cumprisse, haveria consequências" disse o advogado Carlos Santana, que defende Fernandes.

Ainda conforme o Globo, Nascimento e Mendonça voltaram a ser vistos por moradores da região de Baraúna, na segunda (26). Os cães farejadores chegaram a identificar o rastro deles, mas a dupla fugiu para dentro da mata fechada.

Redondezas do presídio

Em evento nesta segunda-feira (26), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que os presos permanecem nas redondezas do presídio e devem ser recapturados nos próximos dias.

Cerca de 500 policiais federais, rodoviários federais e militares do Rio Grande do Norte e do Ceará atuam nas buscas, que chegaram à segunda semana. Agentes da Força Nacional de Segurança Pública estão em Mossoró para reforçar a operação.