Os dois fugitivos de Mossoró participaram de audiência nesta segunda-feira (8). Durante a sessão, a dupla ficou em silêncio quando questionada sobre o financiamento da fuga.
As informações são do Uol. Deibson Cabral e Rogério foram recapturados na última quinta-feira (4), em Marabá, no Pará. A defesa pediu um exame de lesão corporal para Rogério, que afirmou ter sido agredido por uma agente penal, assim que foi recapturado.
Deibson e Rogério obtiveram "nova posição" na facção de origem carioca a qual fazem parte, conforme apuração da Polícia Federal. Ambos foram ouvidos na investigação que apura uma possível ajuda na fuga.
Tratamento dos presos
A equipe jurídica pediu encontros presenciais com os clientes. A advogada Flávia Fróes afirmou que a dupla está isolada, em uma galeria e não possuem direito a banho de sol. A jurista pede ainda que Deibson e Rogério sejam avaliados por um psiquiatra.
O Uol apurou também que Deibson e Rogério possuem tratamento diferente dos outros internos da unidade prisional, sendo mais rigoroso e frequente.
Fugitivos viajaram de barco do Ceará ao Pará
Deibson e Rogério, presos no Pará, estiveram no Ceará e contaram com a ajuda de dois homens que foram detidos em Fortaleza. As buscas duraram 51 dias.
Conforme informações de uma fonte da Polícia Federal PF, a dupla furou o bloqueio policial na região de Mossoró e conseguiu chegar ao município cearense de Icapuí no último dia 18 de março. De lá, "Tatu" e "Martelo", como são apelidados os presos, entraram em um barco com destino a Belém, no Pará.
A viagem pelo mar durou cerca de seis dias. A inteligência da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (Ficco-CE) monitorou a fuga. Em seguida, os fugitivos foram de carro da capital paraense até o município de Marabá, onde terminaram abordados e presos pela PF e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no início da tarde desta quinta.