Um motorista de uma caminhonete atropelou um homem que tentava assaltar uma enfermeira em um bairro de Uberlândia, em Minas Gerais. O caso aconteceu na última terça-feira (14). Em entrevista ao G1, o empresário Luciano Campidelli, 44, autor do atropelamento, justificou que não pensou duas vezes antes de agir para proteger a vítima.
"A gente precisa ter coragem e amor ao próximo. Passamos por uma pandemia e parece que ninguém aprendeu a ter empatia. Não dá para passar por situações como essa e não fazer nada. Poderia ser alguém da minha família", declarou ao portal. Veja a cena:
O delegado-chefe da Polícia Civil de Uberlândia, Marcos Tadeu de Brito, afirmou que o atropelamento deve ainda ser apurado por inquérito. E que, caso seja confirmado que o motorista agiu em legítima defesa de terceiros, ele não deve responder por nenhum crime.
"Na hora, eu pensei que seria algo que poderia acontecer com a minha esposa, porque ela tinha acabado de sair para ir a academia. A moça estava muito nervosa, quando eu perguntei para ela se estava tudo bem, ela nem conseguiu responder", relembrou Luciano.
Assaltante levantou e fugiu
O G1 informou que, após o atropelamento, o suspeito se levantou e sacou a arma que estava na cintura, mas não atirou contra as vítimas. Ele teria fugido do local mancando, no sentido da rodovia BR-365. "Saí da caminhonete para imobilizá-lo, mas, de longe, vi que a arma que estava com ele era de verdade, e acabei voltando para o carro", disse Luciano.
Já a enfermeira relatou à Polícia que conseguiu reaver seu celular e que o objeto não ficou danificado. Ela teria sido abordada pelo suspeito na saída do trabalho.
Com ferimentos leves, a vítima dispensou atendimento médico e foi levada para casa pelo marido.