Uma turista norte-americana foi resgatada nessa terça-feira (2) de uma casa de luxo na Estrada do Joá, na zona sul do Rio de Janeiro, onde há a suspeita de que estava sendo mantida em cárcere privado. O resgate foi comandado pelo Batalhão de Polícia Turística (BPTur), após ser acionado pelo Consulado dos Estados Unidos.
De acordo com o G1, que publicou as informações, a vítima teria pedido socorro à irmã, que mora nos EUA, por meio de um aplicativo de mensagens. A família, então, acionou o Consulado no Rio de Janeiro, que buscou a Polícia. Ela alega ter sido agredida e tido seu passaporte escondido pelo suspeito, conforme a denúncia.
A vítima teria vindo ao Brasil para as festas de Réveillon. No entanto, teria sido impedida de voltar para o seu país de origem pelo suspeito, que não teve sua identidade revelada. Segundo os investigadores, a mulher foi levada para a Clínica São Vicente, na Gávea, para tratar uma lesão no pé, e o homem foi encaminhado para a Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat). O caso é investigado pela Polícia Civil.
Caso 'confuso'
Ao G1, a titular da Deat, Patrícia Alemany, disse ser necessário ouvir depoimentos de pessoas envolvidas para elucidar um fato que considera "confuso". A irmã da vítima é uma das pessoas que devem prestar depoimento. Ela chega ao Brasil nesta quarta-feira (3).
"Pode ser um crime de cárcere privado ou de constrangimento ilegal. Num primeiro momento, não está apurado nenhum crime mais grave, como violência doméstica ou violência contra ela. Os médicos, num primeiro momento, não me relataram nenhum sinal de agressão. Ainda está no início, é uma história um pouco confusa", afirmou a delegada.
Ainda de acordo com Alemany, a mulher e o homem teriam discutido após a vítima dizer que iria passear com o cachorro do casal na Estrada do Joá por volta de 5 horas de terça-feira. O suspeito, então, teria impedido que ela saísse da casa com o cachorro. Após uma discussão entre os dois, a vítima teria tido um ataque epilético.
"Ele [suspeito] falou que conhece a família dela [vítima]. Disse que, quando ela teve um ataque epilético, socorreu na hora. Ele pagou um seguro de saúde para ela quando soube que ela era epilética e levou ela para o hospital. Ele disse que eles tiveram uma discussão porque ela queria sair com um cachorro e ele não quis. Começou uma confusão. Ela diz que ela queria ir embora e ele não deixou. Ele está aqui na condição de autor e a gente está esclarecendo os fatos", concluiu a delegada.