Marino Bastos Leandro, 74, contou à Polícia Civil do Rio de Janeiro que a enteada — Júlia Cathermol Pimenta, suspeita de matar o namorado envenenado — pegou R$ 60 mil emprestados com ele. A psicóloga justificou que o valor seria para um investimento, mas depois confessou que o dinheiro foi entregue a uma "feiticeira". A informação foi divulgada pelo jornal O Globo, nesta quinta-feira (6).
Em depoimento na 25ª DP, em Engenho Novo, na terça-feira, o padrasto de Júlia, de início, disse que ela pediu R$ 100 mil. Ele, que é policial aposentado, informou que não tinha o valor, mas transferiu R$ 60 mil para a conta da enteada.
Ao saber que o montante foi destinado à "feiticeira", Marino Bastos Leandro declarou à Polícia que questionou Júlia: "Como você pôde fazer uma coisa dessas comigo?".
Polícia irá pedir movimentações bancárias
Segundo o delegado Marcos André Buss, titular da distrital que investiga o caso, a Polícia irá pedir a quebra do sigilo bancário de Júlia, assim como a do namorado, encontrado morto no último dia 20.
Apesar de não ser nominalmente citada no depoimento do padrasto de Júlia, a Polícia diz ter elementos suficientes para acreditar que Suyany Breschak — mulher que se apresenta como cigana — é, na verdade, a mandante do assassinato. Ela está presa desde o último dia 28, suspeita de participação no crime.
Além de Marino prestar depoimento na 25ª DP, a esposa dele, Carla Cathermol de Faria, mãe de Júlia, também foi ouvida pela Polícia Civil.